A interpretação da lei processual penal quanto aos meios empregados pode ser feita de duas formas: gramatical ou lógica.
A interpretação gramatical, também conhecida como literal ou sintática é fundada em regras gramaticais e sintáticas e interpreta a letra fria da lei, sempre levando em consideração o sentido literal das palavras.
Já a interpretação lógica ou teleológica busca a vontade do legislador, atendendo-se aos seus fins e à sua posição dentro do ordenamento jurídico, sempre procurando a finalidade para a qual a lei foi editada.
Quanto ao resultado, a interpretação pode ser declarativa, restritiva e extensiva.
A interpretação declarativa é aquela que o intérprete não amplia nem restringe o alcance da lei, mas apenas entende o seu sentido literal.
A interpretação restritiva restringe o significado, sempre partindo da ideia que a lei disse mais do que pretendia. Podemos citar o exemplo do artigo 28 doCódigo Penal, que dispõe que a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos, não excluiu a imputabilidade penal. Porém, a lei não atentou para o fato de que uma das espécies de embriaguez (patológica) pode vir a excluir a imputabilidade penal, quando interferir totalmente na capacidade do indivíduo.
Já na interpretação extensiva ocorre o posto. A interpretação vai ampliar seu significado, pois a lei disse menos do que deveria. Podemos citar o exemplo da proibição legal da bigamia, prevista no artigo 235 doCódigo Penal. Naquela ocasião, a lei também quis, de maneira implícita, proibir a poligamia
são as seguintes: a) eqüidade: é a correspondência jurídica e ética da norma ao caso concreto; b) doutrina: consiste nos estudos, nas investigações e reflexões teóricas dos cultores do direito; e c) jurisprudência: é a repetição constante de decisões no mesmo sentido em casos semelhantes.
Compartilhar