Colega, existem inúmeras definições de Direito. Sugiro pegar o livro do Miguel Reale. O autor traz diversas definições a respeito. Não entendi muito bem a segunda parte da sua pergunta.
Direito é a norma que rege as ações humanas e suas conseqüências na vida real, estabelecida por uma organização soberana, com caráter sancionatório.
Doutrina, Chamada Direito Científico, é o conjunto de indagações, pesquisas e pareceres dos cientistas do Direito. Há incidência da doutrina em matérias nãocodificadas, como no Direito Administrativo e em matérias de Direito estrangeiro, não previstas na legislação pátria.
Há duas orientações:
1 formalista: o doutrinador é o doutor em Direito. Até a década de 60, essa orientação era pacífica;
2 informal: não precisa ser escrita por doutor, bastando que seu autor consiga imprimir ao trabalho coerente conteúdo científico.
A jurisprudência é uma função atípica da jurisdição. São decisões reiteradas, constantes e pacíficas do Poder Judiciário sobre determinada matéria num determinado sentido. Não há necessidade de a jurisprudência ser sumulada para ser fonte. Aqui, cabe ressaltar que a jurisprudência não pode ser confundida com a orientação jurisprudencial, que é qualquer decisão do Poder Judiciário que esclareça a norma legal. A orientação jurisprudencial é apenas um método de interpretação da lei e não precisa de uniformidade, sendo rara a adoção da jurisprudência como fonte.
Existem três posições quanto à jurisprudência:
1 corrente negativista: para essa corrente, a jurisprudência não é fonte e Direito;
2 corrente jurisprudencialista: tudo se resolve pela jurisprudência;
3 corrente eclética (realista): a jurisprudência pode ser usada desde que tenha conteúdo científico.
Fonte: Apostila Curso Damasio - DIREITO CIVIL - Lei de Introdução ao Código Civil
Conceito de Direito:
Segundo Ruggiero e Maroi, "o Direito é a norma das ações humanas na vida social, estabelecida por uma organização soberana e imposta coativamente à observância de todos".
De acordo com a teoria da coercibilidade, "o direito é a ordenação coercível da conduta humana".
Para Reale, "aos olhos do homem comum o Direito é a lei e ordem, isto é, um conjunto de regras obrigatórias que garante a convivência social graças ao estabelecimento de limites à ação de cada um de seus membros".
Podemos dizer que Direito é um termo dificil de se conceituar. Uma demonstração disso pode ser dada ao apresentarmos as diversas acepções da palavra Direito:
O Direito como norma tem o significado de lei, regra, ou seja, de conduta social obrigatória.
O Direito como faculdade exprime a idéia de reconhecimento de algum interesse protegido, cujo titular, sentindo-se ameaçado, tem o poder de garantir sua tutela, através de meios próprios ou requerendo ao Estado.
O Direito como justo é aquele que promove a justiça. No entanto, embora teoricamente válido, pode ser contestado.
O Direito como ciência nos leva a epistemologia jurídica, que se dedica ao estudo teórico da matéria, às teses, à elaboração de princípios e conceitos.
O Direito como fato social nos leva a sociologia jurídica, que se concentra sobre as aplicações reais do Direito na sociedade.
Conceito de Jurisprudência:
Segundo Miguel Reale, pela palavra “jurisprudência”, devemos entender a forma de revelação do direito que se processa através do exercício da jurisdição, em virtude de uma sucessão harmônica de decisões dos tribunais.
Importa ressaltar que o direito jurisprudencial não se forma através de uma, duas ou três sentenças. É necessário que haja uma série de julgados que guardem, entre si, uma linha essencial de continuidade e coerência.
Para que se possa falar em jurisprudência de um Tribunal, é necessário certo número de decisões que coincidam quanto à substância das questões objeto de seu pronunciamento.
Conceito de Doutrina:
Doutrina é o resultado do estudo dos pensadores, juristas e jursifilósofos sobre o direito, a interpretação dos sistemas jurídicos positivos e a avaliação de sua aplicação na sociedade.
A doutrina pode ser tida como fonte do direito, pois constitui-se em ambiente propício à formação do melhor critério de interpretação, oferecendo às normas jurídicas um fundo científico e consistente. Nela os juristas obtêm o conhecimento necessário, tendo razão Ribas Carneiro quando afirma que "uma lei será tão mais perfeita, quanto melhor houver sido a colaboração dos juristas versados na matéria".
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