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Os remédios constitucionais são instrumentos de controle de constitucionalidade?

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Fred V

LEIA: Título VI, Capítulo VI, em SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 37ª ed. São Paulo : Malheiros, 2014; disponível para download neste site.

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DLRV Advogados

Não.

Os remédios constitucionais são institutos que garantem aos cidadãos os direitos fundamentais previstos na Constituição quando o Estado não cumpre seu dever, seja por despreparo, ilegalidade ou abuso de poder.

Os remédios constitucionais previstos na Constituição são: 

  • Habeas Corpus (artigo 5º, LXVIII);
  • Habeas Data (artigo 5º, LXXII e lei 9.507/1997);
  • Mandado de Segurança (artigo 5º, LXIX e lei 12.016/2009);
  • Mandado de Injunção (artigo 5º, LXXI e lei 13.300/2016);
  • Ação Popular (artigo 5º, LXXIII e lei 4.717/1965); e
  • Ação Civil Pública (artigo 129, III e lei 7.347/85).

Já os instrumentos de controle de constitucionalidade têm como função levar ao judiciário normas que supostamente não coadunam com os ditames da constituição, para que o judiciário analise e decida, garantindo a ordem e a coerência do sistema normativo, de modo que, partindo da supremacia e rigidez constitucional, haja conformidade entre as leis e seu fundamento de validade, que é a Constituição.

Expliquemos por completo os tipos de inconstitucionalidade, e suas espécies de controle.

Existem os tipos de inconstitucionalidade, que são:

  • Por omissão;
  • Por ação:
  1. Por vício formal (nomodinâmica): orgânica, propriamente dito, ou por violação de pressupostos objetivos;
  2. Por vício material (nomoestática);
  3. Por vício de decoro parlamentar;

Acreditamos, no entanto, que a questão perguntava sobre espécies de controle de constitucionalidade:

  • Quanto a natureza do órgão:
  1. Político: declarada pela CCJ, ou veto jurídico presidencial;
  2. Judicial;
  • Quanto ao momento:
  1. Preventivo: a priori. Ex. declarada pela CCJ, ou veto jurídico presidencial.
  2. Repressivo: a posteriori. Ex. feita pelo judiciário em sede de ADIn.
  • Quanto ao órgão:
  1. Difuso: Aquele exercido por qualquer juiz ou tribunal. 
  2. Concentrado: Feito apenas por um órgão. No Brasil, o STF julga as 5 espécies de controle concentrado: ADC, ADIN, ADIN por omissão, Ação Direta Interventiva, e ADPF.
  • Quanto à forma ou modo:
  1. Pela via incidental/Concreto.
  2. Pela via principal/Ação direta/Abstrato.

O controle difuso é feito diante de um caso concreto, que traz em sua causa de pedir um pedido de inconstitucionalidade. Desta forma, tal tipo de inconstitucionalidade pode ser alegada à qualquer juiz ou tribunal.

Ex. Em um caso no qual esta se discutindo um litígio empresarial, o polo ativo, pedindo o reconhecimento de inconstitucionalidade de uma norma, requer a resolução de um contrato.

Quanto ao controle concentrado, este é feito ante o STF, por determinação constitucional. A norma é abstratamente contestada, seja na forma de ADC, ADIN, ADIN por Omissão, Ação Direta Interventiva, ou ADPF. O pedido de inconstitucionalidade se dá no pedido.

Neste caso, não há litígio entre duas partes. Há apenas a alegação de inconstitucionalidade/constitucionalidade de uma norma.

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