Ao interpor a apelação, quando aplicamos a teoria da causa madura e como se dá esse instituto.
Sabemos que trata-se de um mecanismos adotado no direito processual cívil, com escopo de gerar celeridade processual em determinados casos, remetendo os autos no recurso, direto para o Tribunal, nos casos onde na primeira instância houve extinção do feito sem resolução do mérito, ou seja, adentrando nas causas do art. 267 do CPC. Entretanto, a sua aplicação está atrelada à existência de algumas condições. Para avaliar a possibilidade da aplicação desse dispositivo, cabe fazer uma observação dos possíveis efeitos dessa medida se a mesma for aplicada, para que possa restar clara as razões de tais exigências.
Em sede recursal, ocorre que, o juízo ad quem (juízo de recurso) vai ser negar ou conceder o provimento ao recurso, para ser reformada ou não a decisão de primeira instância. No entanto, quando o tribunal for julgar o mérito com fulcro no princípio da causa madura, o que vai acontecer é que, em segunda instância, além do julgamento do mérito do recurso (dizer se dá provimento ou não), também haverá o julgamento do pedido, dizendo se é procedente ou não, isso que por via de regra é feito pelo juízo a quo (juiz de 1ª instância, onde se deu origem o processo).
Na prática, isso pode resultar na supressão de instâncias, além da possibilidade de limitação de recurso das partes, algo que vai de contra o princípio do duplo grau de jurisdição. Diante disso, existe, para que se possa utilizar este mecanismo (teoria da causa madura), a exigência dos seguintes pressupostos:
- Questão exclusivamente de Direito
Não existência de controvérsia com relação aos fatos. Ou seja, sobre os fatos, restam esclarecidos de plano, cabendo apenas verificar se o direito incide ou sobre os fatos de plano comprovados.
- Causa em condições de imediato julgamento
Todas as provas já houverem sido produzidas em primeira instância. Caso que, não fosse extinto o feito, o juízo a quo poderia decidir o caso.
De maneira concisa, e sem adentrar muito no assunto, sobre o assunto é o que tenho a dizer. Espero ter contribuído.
Era isso... não esqueça de aprovar a resposta caso tenha sido útil. Abraço!
A teoria da causa madura prestigia os princípios da celeridade e da instrumentalidade sem que nenhuma das partes saia prejudicada.
Quando a causa versar somente sobre questão de direito e estiver em condições de julgamento imediato, ou seja, não necessitar de produção de outras provas além das que já constam nos autos, o juiz poderá julgar o meritum causae de imediato sem sequer a necessidade da citação da parte contrária.
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