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Como se dá a regulação do Sistema Complemento?

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Mariely Ravenna

O sistema complemento (SC) é o principal mediador humoral do processo inflamatório junto aos anticorpos. Compõem, juntamente com algumas linhagens celulares e mecanismos de barreira, o sistema imune inato do organismo, com função importante na defesa humoral inespecífica. É constituído por um conjunto de proteínas (cascata protéica), tanto solúveis no plasma como expressas na membrana celular, e pode ser ativado por diversos mecanismos. 
A deficiência de uma ou mais proteínas da cascata do SC pode ser responsável pela suscetibilidade aumentada a várias doenças. As deficiências podem ser genéticas, quando poderão faltar componentes de ativação, de regulação ou mesmo de receptores ou adquiridas. Por outro lado, o aumento da concentração sérica das proteínas do sistema de complemento pode ocorrer em conseqüência de uma resposta de fase aguda (trauma, inflamação ou necrose tissular), obstrução biliar, e glomeruloesclerose local, servindo de indicativos para estas condições. 
As proteínas do Sistema de Complemento são sintetizadas principalmente nos hepatócitos e macrófagos/monócitos, além de outros tecidos. As proteínas reguladoras ligadas à membrana celular são sintetizadas nas células sobre as quais estão expressas. 
O SC participa dos seguintes processos biológicos: fagocitose, opsonização, quimiotaxia de leucócitos, liberação de histamina dos mastócitos e basófilos e de espécies ativas de oxigênio pelos leucócitos, vasoconstrição, contração da musculatura lisa, aumento da permeabilidade dos vasos, agregação plaquetária e citólise. 
Para que o SC exerça as suas funções, deve ser ativado, originando assim uma série de fragmentos com diferentes características e funções especificas. Esta ativação ocorre por duas vias: a clássica e a alternativa. Cada uma delas é desencadeada por fatores diferentes, sendo o início da ativação diferente para cada uma, mas que convergem em uma via comum a partir da formação de C3b. 
Sua ativação tanto pela via clássica como pela via alternativa leva à formação do complexo lítico de membrana (CLM), que destrói células. A opsonização leva ao reconhecimento das moléculas do SC pelos receptores para complemento nos fagócitos e pelas imunoglobulinas. 
A multiplicidade e a potência das atividades biológicas geradas quando o complemento é ativado, e, em particular, a capacidade do complemento de mediar as reações inflamatórias agudas e de produzir lesões letais nas membranas celulares constituem uma ameaça não apenas para os patógenos invasores mas também às células e aos tecidos do hospedeiro. Esse potencial de autolesão da ativação do complemento é normalmente mantido sob controle efetivo por diversos inibidores e inativadores que atuam em pontos de amplificação enzimática, bem como em nível das moléculas efetoras. 
Em seu conjunto, as proteínas de controle do complemento realizam duas funções importantes: asseguram que a ativação do complemento seja proporcional à concentração e à duração da presença dos ativadores do complemento e protegem as células do hospedeiro contra o potencial deletério dos produtos de ativação do complemento.

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RD Resoluções

O complemento é um complexo sistema de vigilância imunológica inata, desempenhando um papel fundamental na defesa contra patógenos e na homeostase do hospedeiro. O sistema complemento é iniciado por mudanças conformacionais no reconhecimento de complexos moleculares ao detectar sinais de perigo. A subsequente cascata de reações enzimáticas é fortemente regulada para assegurar que o complemento seja ativado apenas em locais específicos que requerem defesa contra patógenos, evitando assim danos no tecido do hospedeiro.


O sistema complemento tem o potencial de ser extremamente prejudicial para os tecidos do hospedeiro, o que significa que sua ativação deve ser rigidamente regulada. O sistema do complemento é regulado por proteínas de controle do complemento , que estão presentes em uma concentração maior no plasma sanguíneo do que as próprias proteínas do complemento.


Algumas proteínas de controle do complemento estão presentes nas membranas das células próprias, impedindo-as de serem atingidas pelo complemento. Um exemplo é o CD59 , também conhecido como protectina , que inibe a polimerização C9 durante a formação do complexo de ataque à membrana . A via clássica é inibida pelo inibidor de C1 , que se liga a C1 para impedir sua ativação.

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