A dignidade não é um direito, mas sua relação com os direitos fundamentais é direta pois é ela que baseia os direitos fundamentais, e ela possui em si o mínimo digno para que uma pessoa possa sobreviver. O Estado resguarda tais direitos com este intuito, dar ao menos o mínimo de dignidade a cada cidadão.
Segundo Kildare Gonçalves Carvalho, "a dignidade da pessoa humana é o fundamento de todo o sistema dos direitos fundamentais, no sentido de que estes constituem exigências, concretizações e desdobramentos da dignidade da pessoa e que com base nesta é que devem aqueles ser interpretados."
Para ele, portanto, a dignidade da pessoa humana é o fundamento dos direitos fundamentais.
Segundo Ingo Sarlet, "a dignidade da pessoa humana, na condição de valor fundamental, atrai o conteúdo de todos os direitos fundamentais, exige e pressupõe o reconhecimento e proteção dos direitos fundamentais de todas as dimensões. Assim, sem que se reconheçam à pessoa humana os direitos fundamentais que lhes são inerentes, em verdade estar-se-á negando-lhe a própria dignidade."
Para Sarlet, portanto, a dignidade da pessoa humana e os direitos fundamentais fazem uma via de mão dupla. Enquanto a dignidade exige o reconhecimento dos direitos fundamentais, os direitos fundamentais deve buscar a dignidade.
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