Os 3 (Hobbes, Locke e Rousseau) eram contratualistas.
Isto é, entendiam que a humanidade passou por um estágio inicial chamado de "estado de natureza", em que todos combatiam entre si e não produziam nada em colaboração com os demais.
Então, para não se destruirem, concordaram (hipoteticamente) em assinar um pacto ou contrato social, em que abriam mão do poder individual (o direito da força) para viveram em sociedade ("estado social").
- Para Hobbes, o soberano era aquele (por algum motivo) havia conseguido se sobrepor aos demais, e a obediência irrestrita a este era garantia para a segurança de todos. Portanto, era dever de todo súdito obedecer ao soberano fosse esse qual fosse, porque a alternativa a isso seria a volta do caos e da luta de todos contra todos.
- Locke manteve essa mesma concepção sobre o estado de natureza, mas acrescentou um novo item: o direito de rebelião, caso o soberano abusasse do poder e se tornasse tirânico e arbitrário.
Mas essa rebelião não era um direito individual (ou de um pequeno grupo). Ela só era legítima se atendesse a uma "vontade geral", que foi a base do pensamento político da era das Luzes.
- Na concepção de Rousseau, os homens não fizeram deixaram o estado de natureza para se defender uns dos outros, mas para se defender de si mesmos. Por isso aceitaram o pacto social para que a liberdade de cada um não fosse o que cada indivíduo quer, mas o que o grupo deseja. Ou seja, ele se torna verdadeiramente livre em submissão, já que em liberdade plena seria inevitável que iria prejudicar os demais.
Contudo, ele considera irreversível o retorno ao estado de natureza.
Em Rousseau, a noção de pacto torna-se menos determinante porque começa a se entender que é inerente à razão e não fruto de uma casualidade que deve ser mantida. Por isso, com Rousseau, desaparecem os contratualistas.
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Filosofia do Direito
•CEULM/ULBRA
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