Opinião particular: A subjetividade é um problema...O que não é objetivo é aberto a interpretação e mutável de interesse para interesse, por exemplo eu tenho um ideal de justiça que provavelmente é diferente do seu, então você relativa os valores no direito natural.
Segundo: O Direito já nasce com um costume regional, onde baseiam-se leis da tradição daquele lugar, não existe lei universal, em dadas culturas até o direito a vida é sonegado, o que torna o direito naturalista desnecessário.
Segundo Auto de Castro apud Ricardo Maurício Freire Soares, "em face da necessidade de delimitar o que seja o direito justo, a doutrina jusnaturalista não logra oferecer uma proposta satisfatória de compreensão dos liames mantidos entre direito, legitimidade e justiça. Ao encerrar o jusnaturalismo todos os postulados metafísicos, resta demonstrado que a epistemologia jurídica, em consonância com os resultados da teoria do conhecimento, não reconhece os títulos de legitimidade da doutrina do direito natural.
Eis os motivos:
a) o jusnaturalismo confunde os planos do ser e do dever-ser, porque, para a grande maioria dos jusnaturalistas, o direito injusto seria descaracterizado como fenômeno jurídico. Para que um fenômeno ético merecesse a nomenclatura direito deveria estar em consonância com a justiça, sob pena de configurar a imposição o arbítrio ou da força por um poder constituído;
b) os jusnaturalistas não visualizam a bipolaridade axiológica: todo valor é correlato a um desvalor. Os valores humanos estão estruturados em binômios, tais como: justo x injusto, útil x inútil, sagrado x profano ou belo x feio. Isto, portanto, não autoriza a assertiva de que o direito injusto não é direito, pois os juízos de fato e de valor se situam em planos distintos de apreensão cognitiva;
c) a compreensão da justiça como uma estimativa a-histórica, a-temporal e a-espacial, em que pese a crítica do jusnaturalismo contemporâneo, merece sérias objeções. O justo não pode ser concebido como um valor ideal e absoluto, envolto em nuvens metafísicas, visto que a axiologia jurídica contemporânea já demonstrou como o direito é um objeto cultural e como a justiça figura como um valor histórico-social, enraizado no valor da cultura humana. O conceito de justiça é, pois, sempre relativo, condicionado ao tempo e ao espaço; o jusnaturalismo acaba por identificar os atributos normativos da validade e legitimidade, ao afirmar que a norma jurídica vale se for justa, o que compromete as exigências de ordem e segurança jurídica, que se traduzem no respeito à legalidade dos Estados Democráticos de Direito."
Fonte: Reflexões sobre o Jusnaturalismo: o Direito Natural como Direito justo. Freire Soares, Ricardo Maurício.
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