Antônio, Bernardo e Carlos vendem a Diego o quadro "X" de Rafael, que deverá ser entregue dentro de 6 meses. Foi estipulado que, em caso de inadimplemento da obrigação, deveria ser paga multa de R$ 90.000,00. Por ocasião do adimplemento da obrigação, Bernardo verificou que o quadro fora destruído juntamente com alguns objetos antigos, por descuido de Antônio. Diego ingressou em juízo, para pleitear seus direitos, em face de Antônio, Bernardo e Carlos para receber a multa de R$ 90.000,00. Os amigos devedores rebelaram-se contra isso e procuraram um excelente advogado, que fizera seu curso de Direito na Universidade Estácio de Sá. Pergunta-se: Qual a defesa apresentada por este advogado?
Se tratava inicialmente de obrigação indivisível pela natureza da prestação e por motivo de ordem econômica (o quadro). Entretanto, em razão da perda do objeto por culpa do devedor, a obrigação se converteu em perdas e danos, perdendo o caráter de obrigação indivisível.
Entretanto, por apenas um possuir culpa, os demais ficam exonerados, somente respondendo Antônio pelas perdas e danos, se assim se comprovar:
"Art. 258, do CC. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico.
[...]
Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos.
§ 1o Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, responderão todos por partes iguais.
§ 2o Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e danos."
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