fiquei nessa duvida tambem

A decisão entre usar capital próprio ou capital de terceiros envolve uma gama muito ampla de fatores. Vamos analisar os principais, e comparar pontos positivos e negativos de cada um deles.

• Capital próprio: é aquele que sai do bolso do próprio empresário, acionistas ou do lucro da empresa. É o dinheiro diretamente relacionado ao patrimônio líquido e não precisa ser devolvido.
  • Entre as vantagens de seu uso, estão:
    • Capital Próprio não precisa ser devolvido e mais dinheiro no caixa. Todo o dinheiro gerado pelo fluxo de caixa pode ser utilizado para fazer o negócio crescer; 
    • Menor risco de falência. Se o negócio está indo mal, os credores podem forçar a empresa a decretar falência. Ao contrário, os investidores poderão aguardar uma mudança de cenário, ou, até mesmo investir mais dinheiro; e
    • Relação ganha-ganha. Os sócios investidores serão também parceiros. Como todos caminham com o mesmo objetivo de maximizar os resultados, os conhecimentos podem ser trocados e, por conseguinte, a empresa poderá beneficiar-se com novas visões de mercado e diferentes experiências.
  • E entre as desvantagens:
    • Perda de autonomia. Por ter um fluxo de caixa residual, os acionistas exercem controle na administração da empresa. Em tomadas de decisões, por exemplo, sempre é preciso consultá-los;
    • Conflitos. Podem haver diferenças de visões tanto em aspectos gerenciais quanto na própria visão do negócio; e
    • Distribuição dos lucros. Do ponto de vista do empreendedor, com o passar do tempo a distribuição dos lucros pode exceder o que ele gastaria pagando um empréstimo ou financiamento.
• Capital de terceiros: é o dinheiro que entra na empresa por meio de recursos de entidades externas, principalmente advindo de empréstimos. Esse valor está relacionado ao passivo real do negócio e precisa ser devolvido em conformidade com o contrato de crédito assinado.
  • Entre as vantagens de seu uso, se encontram:
    • Controle "total" da empresa: O credor, seja quem for, não tem o direito de se envolver no negócio, de gerenciá-lo, entre outros;
    • Previsibilidade. Ao fazer um empréstimo, há total conhecimento da quantia a ser paga, bem como de que maneira, informações essas que permitem um orçamento mais preciso. Especialmente para pequenas empresas, saber exatamente quanto será gasto mensalmente faz toda a diferença; e
    • Obrigações simples. A única obrigação com terceiros é de quitar a dívida. Feito isso, a relação entre sua empresa e o credor termina e não existem mais vínculos.
  • E entre as desvantagens:
    • Pagar o empréstimo com os juros. Além de ter que devolver uma quantia maior do que a recebida, o valor deve ser devolvido independentemente do quão bem-sucedido o negócio está.
    • Utilizar o dinheiro para pagar devedores. Por um período, o valor será usado para efetuar o pagamento de dívidas, em vez de investir no próprio negócio.
    • Reputação de alto risco. Empresas com grandes dívidas  são consideradas de alto risco por investidores potenciais.

Assim, ambas as opções podem ser usadas, mas, tendo em vista que é um valor voltado a ampliar a própria área industrial, seria interessante usar capital próprio, em especial por não ter de devolver posteriormente o valor e não ter de pagar juros sobre o mesmo.