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Preciso de um Modelo de Ação de Indenização por Responsabilidade do Poder Público !!!

No dia 21 de janeiro de 2017, Pedro de 20 anos, foi abordado pela policia militar, tendo sido constado que estava o mesmo portando uma arma. Os policiais insatisfeitos, deferiram golpes contra sua cabeça, tendo o mesmo fraturado o crânio e restando impossibilidade de se locomover pelo resto da vida.

Pedro possuia uma Kombi e tinha como profissão transportar crianças para a escola, na qual recebia por mês aprocimadamente R$1.200,00, mas com as agressões, ficou impossibilitado de trabalhar na sua profissão.

Há possibilidade de danos materiais e morais?

💡 2 Respostas

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Ana Clara Borges

Me ajudemmm!! hahahahahah

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Especialistas PD

Provavelmente há sim o dever de indenizar pelos danos morais e materiais, desde que os danos sejam devidamente comprovados nos autos.

Maurício Gieseler, do famoso blog exame de ordem, apresenta a seguinte estrutura que serve de guia para a elaboração da maioria das peças, inclusive para a ação de indenização por atos ilícitos do Poder Público:

Fonte: https://blogexamedeordem.com.br/a-construcao-e-redacao-da-peca-pratica-da-oab. Publicado em 13/09/2018

 

Alguns modelos podem ser encontrados em:

 

MODELO DE AÇÃO INDENIZATÓRIA DE RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

 

 

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA _______ DA COMARCA DE _________

 

(NOME DO AUTOR), brasileiro, solteiro, estudante, identidade nº _______ expedida pelo ______, inscrito no CPF sob o nº __________, com domicílio nesta cidade residente na ___________________., recebendo intimações na ____________________________, fundado nas regras do art. 37, §6º da CRFB, propõe a presente

 

AÇÃO INDENIZATÓRIA DE RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

 

em face do ESTADO DO ______________, pessoa jurídica de direito público inscrita no CNPJ sob no ______________, representada pela Procuradoria Geral do Estado, com sede na _____________________________, pelos fatos e fundamentos que a seguir aduz:

 

I – DOS FATOS

 

No dia 21 de janeiro de 2017, Pedro de 20 anos, foi abordado pela policia militar, tendo sido constado que estava o mesmo portando uma arma. Os policiais, insatisfeitos, deferiram golpes contra sua cabeça, tendo o mesmo fraturado o crânio e restando impossibilidade de se locomover pelo resto da vida.

Pedro possuía uma Kombi e tinha como profissão transportar crianças para a escola, na qual recebia por mês aproximadamente R$1.200,00, mas, com as agressões, ficou impossibilitado de trabalhar na sua profissão.

 

II – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

 

Avaliar se é o caso.

 

III – DO DIREITO

O art. 37, §6º da Constituição Federal consagra a possibilidade da responsabilidade civil objetiva do Estado, em adoção da Teoria do Risco Administrativo. Reza o artigo em comento que:

§6º. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviço público responderão pelos danos que seus agentes nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurando o direito de regresso em casos de dolo ou culpa”.

De acordo com os fatos supracitados vislumbra-se, de maneira cristalina, a hipótese de incidência da efetiva responsabilidade extracontratual do Estado, visto que os documentos carreados comprovam quantum satis os danos físicos decorrentes das agressões sofridas pelo Autor, provocadas pelos agentes do Estado no exercício de seu mister. Ademais, não ocorre no presente caso qualquer das causas excludentes da responsabilidade estatal. Uma vez demonstrada a existência da responsabilidade objetiva do Estado, pelo rigor jurídico, passa a discriminar as verbas indenizatórias.

 

IV – DO DANO MATERIAL

Nos termos do art. 949, CC, o ofensor tem o dever de indenizar a vítima pelas despesas que realizou com o tratamento médico-hospitalar e pelos lucros que deixou de auferir.

Vejamos.

Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.

No caso, o autor realizou despesas com _______, no valor de ___________ ...

 

V – DA PENSAO MENSAL VITALÍCIA

O Autor teve diminuição de sua capacidade laboravativa após ter sido atingido pela bala perdida, desta forma, requer a V. Exa a condenação da Ré a efetuar o pagamento de pensão vitalícia, tendo em vista a perda da capacidade laboravativa, nos termos do art. 950, CC.

Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.

Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez.

 

VI – DO DANO MORAL

Diante de tudo, caracterizou-se o DANO MORAL, de forma inconteste, ensejando indenização independentemente de qualquer prova. A dor moral e o abatimento de ânimo sofridos pelo Autor em decorrência dos fatos narrados não carecem de demonstração específica, porquanto são dedutíveis. Não se pode negar que para o Autor, o fato ocasionou-lhe perturbações íntimas e aborrecimentos, pois foi brutalmente agredido por aqueles que são pagos para defender a população, restando ao Autor não apenas as dores e cicatrizes físicas, mas também a dor de ter sua confiança no Estado totalmente abalada.

O dano é caracterizado com a diminuição ou subtração de um bem jurídico. E o bem jurídico é constituído não só de haveres patrimoniais e econômicos, mas também de valores morais, quais sejam a honra, a vida, a saúde, o sofrimento, os sentimentos, a tristeza, o pesar diante da perda de um ente querido, a integridade física.

Não se discute mais, no campo doutrinário e jurisprudencial, a possibilidade de se buscar a indenização por danos morais, em face da ofensa à honra e à moral de uma pessoa, até mesmo pela dicção do art. 5º, X, da CRFB/88.

No caso em exame, verifica-se que o dano moral decorre in re ipsa, carecendo de maiores dilações probatórias.

No que tange a quantificação do dano moral experimentado pelo Autor, há que se levar em consideração não apenas o dano, mas também sua repercussão, razão pela qual pleiteia o Autor uma indenização de R$ xx,xx.

 

VII – DOS PEDIDOS

Por todo o exposto, requer a V. Exa.:

a) O deferimento do pedido de gratuidade de justiça;

b) A citação do Réu para, querendo, contestar a presente ação;

c) seja julgado procedente o pedido para condenar o Réu a pagar a quantia de R$ xx,xx a título de danos materiais;

d) seja julgado procedente o pedido para condenar o Réu ao pagamento de pensão mensal vitalícia ao Autor, em razão da perda capacidade laborativa do mesmo;

e) seja julgado procedente o pedido para condenar o Réu a pagar a quantia de R$ xx,xx a título de danos morais;

 

Protesta por todos os meios de prova em Direito admitidos.

Dá-se à causa o valor de _________.

 

Termos em que,

Pede deferimento.

 

Local, data.

 

ADVOGADO

OAB/

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