O que acontece se a gestante obtém direito a alimentos gravídicos e na investigação de paternidade descobre-se que quem estava pagando não era o pai?
A princípio, os alimentos gravídicos, após o nascimento, são convertidos para alimentos. No caso da negatória de paternidade ser procedente, o autor está automaticamente desobrigado ao pagamento de alimentos. No entanto, deve-se observar que os efeitos são ex nunc, ou seja, os alimentos já pagos são irrepetíveis.
Caso tenha interesse, segue um artigo interessante sobre o assunto: http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI73503,91041-Alimentos+gravidicos+e+a+Lei+n+1180408+Primeiros+reflexos
Em que pese a irrepetibilidade dos alimentos, o suposto pai, que na ação negatória de paternidade descobriu a inexistência de vínculo sanguíneo com a criança pode ajuizar ação de indenização por danos materiais e morais contra a genitora da criança. Nesse sentido, vale a leitura: http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3400
Leandro Soares Lomeu destaca que:
“Os alimentos gravídicos podem ser compreendido como aqueles devidos ao nascituro, e, percebidos pela gestante, ao longo da gravidez, sintetizando, tais alimentos abrangem os valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela decorrentes, da concepção ao parto, inclusive as referentes a alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras que o juiz considere pertinentes.”
Inegável é o fato do nascituro possui necessidades próprias, como despesas médicas, parto e nutrição. Diante dessas necessidades, a maneira adequada para serem supridas se da através dos alimentos.
http://tj-rs.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/22163728/agravo-de-instrumento-ai-70050473446-rs-tjrs/inteiro-teor-22163730
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