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ALIMENTOS GRAVIDICOS Ana Clara de Macedo

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NÚCLEO DE DEFESA DA MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
AO (A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA __ VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE TERESINA – PI
TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA- art.1048, 2º, II, CPC
ANA CLARA DE MACÊDO OLIVEIRA, CPF 073.129.273-19, RG 3.951.452 SSP-PI, menor púbere nascida em 04.07.2003, assistida por seu tio materno (mãe da menor falecida), Sr NELSON FEITOSA DE MACEDO, processo de guarda em trâmite, brasileiro, portador CPF n° 047.907.403-82, residente e domiciliado na Rua de Bárbara de Meneses, n° 5916, Vila São Francisco (em frente à horta comunitária) CEP: 64.009-755, em Teresina – PI, vem por intermédio da Defensoria Pública do Estado, perante V. Exa, propor:
AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
Em face de ALISSON RAFAEL ARAÚJO BATISTA MOURA, brasileiro, solteiro, maior de idade, residente e domiciliado na Rua 15, nº 1779, Bairro Monte Verde, em Teresina – PI, pelas razões de fato e de direito a seguir delineadas:
I- PRELIMINARMENTE
1.1 DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
Inicialmente, requer os benefícios da assistência judiciária, tendo em vista que não é possível, à Pleiteante, remunerar advogado ou custear processo judicial, sem prejuízo do sustento próprio ou de seus familiares, conforme as Leis 1.060/50 e artigos 98 e 99 do CPC, indicando a Defensoria Pública do Estado para o patrocínio da causa, bem como requer os prazos processuais em dobro e a intimação pessoal dos Representantes da Defensoria Pública para todos os atos do processo, sob pena de nulidade, ex vi art. 5º, LXXIV, da CF, art. 185 e 186 doo CPC, Lei Complementar Federal 80/94 E Lei Complementar Estadual n° 59/05.
1.2 DA IMPOSSIBILIDADE APRESENTAÇÃO DE ENDEREÇO ELETRÔNICO DAS PARTES
A parte Autora informou não possuir endereço eletrônico, destarte, não há infringência ao inciso II, na forma do § 3º do art. 319 do Código de Processo Civil, bem como desconhece se o requerido possui endereço eletrônico.
1.3 DA DISPENSA DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO
Considerando que se trata de demanda de natureza familiar e que as partes em outras oportunidades já tentaram, por algumas vezes, a mediação extrajudicial, inclusive na Defensoria Pública e, diante do grau de litigiosidade que envolve a relação conjugal, requer com finco no artigo 319, VIII, do CPC a não realização de audiência de mediação.
Esclarece que embora se reconheça a relevância do uso das alternativas consensuais de composição de conflitos e a importância do artigo 3º do CPC, há que se registrar, para o caso em tela, mais uma tentativa de mediação implicará tão somente em prolongamento desnecessário da demanda. 
Ademais, não há qualquer impedimento para uma posterior oportunidade de mediação, haja vista que o artigo 359 do CPC determina que antes de instalada a audiência de instrução o juiz tentará a conciliação das partes independentemente de emprego anterior de outras formas ou métodos de solução consensual de conflitos, dever que também está previsto no artigo 139, inciso V, do CPC.
Por fim, ressalte-se que a mulher atendida por este Núcleo especializado está em condição de VULNERABILIDADE, pois sujeita à desigual distribuição do poder ensejador de sua vitimização à violência de gênero. Assim, a mediação pressupõe isonomia e preservação da paridade de armas. No presente caso, as condições para a mediação serem válidas e efetivas inexistem. Assim, é pelo que se manifesta pela negativa de submissão a esta audiência (conforme Boletim de Ocorrência e Cópia da Decisão de Concessão de Medidas Protetivas anexos).
II. DOS FATOS
	A menor foi vítima de estupro de vulnerável, oriundo de uma aproximação do requerido iniciada em abril de 2017, quando a requerente ainda tinha apenas 13 (treze) anos de idade. A família da Ana Clara jamais aceitou essa aproximação e refurou e tentativa de relacionamento forçada pelo demandado, tendo em vista a considerável diferença de idade entre os dois, pois o requerido tinha 20 (vinte) anos. Finalmente, em abril de 2019, houve o afastamento das partes.
Contudo, a requerente encontra-se no sétimo mês de gestação, aos 16 anos de idade, conforme exames médicos em anexo. 
É necessário destacar a necessidade dos alimentos gravídicos, que possuem natureza alimentar, destinando-se à cobertura de despesas adicionais do período de gravidez ou que sejam dela decorrentes, do momento da concepção até o parto, até mesmo as referentes à alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais necessidades prescritivas e terapêuticas os quais são indispensáveis à gestante, de acordo com o que o médico julgue necessário e que o juiz considere adequado.
Necessário ressaltar que a requerente possui medidas protetivas em virtude do comportamento violento do requerido, além das ameaças sofridas (cópia da decisão em anexo). Além disso, tramita em justiça, ação penal de denúncia contra Alisson (processo n° 0002705-34.2018.8.18.0140, em anexo), pela pratica do crime de estupro de vulnerável, por manter relações sexuais com a vítima quando esta tinha apenas 13 (treze) anos de idade, e de ameaça.
Quanto à situação da menor gestante, vale ressaltar que sua mãe faleceu e que tramita em justiça processo de Regulamentação de Guarda, ajuizada em 2013, requerendo a guarda da Assistida para seu tio Nelson Feitosa de Macêdo, tendo o Ministério Púbico se manifestado em 14 de janeiro de 2019, conforme documento acostado.
III. DO DIREITO
3.1 Dos Alimentos Gravídicos
Segundo Yussef Said Cahali, este é o real sentido e alcance da expressão “alimentos”, conforme ensinamento, in verbis:
Alimentos são, pois as prestações devidas, feitas para que quem as recebe possa subsistir, isto é, manter sua existência, realizar o direito à vida, tanto física (sustento do corpo) como intelectual e moral (cultivo e educação do espírito, do ser racional). “Dos Alimentos”, Ed. RT, 3ª edição, p. 16.
Em posse deste abrangente conceito do que sejam alimentos, observa-se o teor do art. 1.694 do Código Civil Brasileiro, que prevê expressamente a possibilidade de concessão de pensão alimentícia:
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
[...]
§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.
Neste mesmo sentido, o art. 1696, do Código Civil, prevê a possibilidade de concessão de alimentos:
Art. 1696. O direito à prestação é recíproco entre pais e filhos, extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.
Os dispositivos legais são claros ao preverem a obrigação dos parentes de prestar alimentos ao outro, desde que haja necessidade do alimentando e possibilidade do alimentante. Percebe-se que o legislador exige a demonstração do parentesco e comprovação do binômio necessidade/possibilidade.
O dever de prestar alimentos também se funda na solidariedade humana e econômica que deve existir entre os membros da família ou os parentes. Nesse diapasão, com a edição da Lei n° 11.804/2008, que veio para tratar do direito aos alimentos gravídicos e a forma pela qual o mesmo deverá ser aplicado, o legislador acerta ao fixar a responsabilidade parental a partir da concepção. 
Por consequência, trata-se o referido direito de obrigação alimentar, a ser satisfeita antes do nascimento, a partir da gravidez, tendo em conta reforçar a garantia do direito à vida, à valorização da dignidade do nascituro, bem como o dever do homem e da mulher de concorrer de modo isonômico para garantir a saúde e o sustento do nascituro. Assim dispõe o diploma legislativo já citado:
Art. 2º Os alimentos de que trata esta Lei compreenderão os valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam compreenderão dela decorrentes,da concepção ao parto, inclusive as referentes à alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras que o juiz considere pertinentes. 
Parágrafo único. Os alimentos de que trata este artigo referem-se à parte das despesas que deverá ser custeada pelo futuro pai, considerando-se a contribuição que também deverá ser dada pela mulher grávida, na proporção dos recursos de ambos.
Art. 6º Convencido da existência de indícios da paternidade, o juiz fixará alimentos gravídicos que perdurarão até o nascimento da criança, sopesando as necessidades da parte autora e as possibilidades da parte ré. 
Parágrafo único. Após o nascimento com vida, os alimentos gravídicos ficam convertidos em pensão alimentícia em favor do menor até que uma das partes solicite a sua revisão.
Nesse sentido, a grávida, no exercício do dever em face do nascituro e do direito perante o suposto pai, está autorizada a pleitear alimentos mediante ação judicial. E este abrangerá os valores necessários para cobrir despesas adicionais do período de gravidez, incluindo alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas, além de outras que venham a ser consideradas indispensáveis.
O suplicado é maior de idade e possui plena capacidade laboral, sendo, desta forma, capaz de auxiliar a suportar as expensas do filho por nascer: despesas com enxoval, consultas pré-natais, medicamentos, móveis para o conforto do bebê, dentre outras necessidades da gestante e da criança. 
Assim, vê-se que o legislador preocupou-se em fixar alimentos desde o momento da concepção, como reflexo da moderna percepção das relações parentais, e com intuito de se resgatar a responsabilidade paterna, que até bem pouco tempo atrás, era vista e exercida apenas quando do nascimento do bebê.
Algumas fotos das partes, anexadas a presente ação, corroboram a existência do relacionamento entre as partes, inclusive ações de natureza criminal. 
Portanto, comprovados os indícios de paternidade, a necessidade de fixação dos alimentos gravídicos em decorrência da responsabilidade tanto do homem quanto da mulher em arcar com as despesas decorrentes da gravidez, bem como em razão do binômio necessidade-possibilidade tem-se como necessária a fixação de alimentos em favor da suplicante.
Assim, a requerente pleiteia que sejam arbitrados judicialmente alimentos em seu favor no percentual de 30% (trinta por cento) do salário mínimo, que corresponde à quantia de R$ 300,00 (trezentos reais), a título de alimentos gravídicos a ser depositado em conta bancária nº 00002747-7, agência nº 1607, operação 013, Caixa Econômica Federal, de titularidade do Sr. Nelson Feitosa de Macedo, até o dia 10 de cada mês.
A) Da Tutela de Urgência
O artigo 273 do Código de Processo Civil de 1973 permitia ao juiz antecipar, a pedido da parte, os efeitos da tutela pretendida na inicial, desde que existisse prova inequívoca, verossimilhança e dano iminente.
O CPC/15 adota um sistema muito mais simples, unificando o regime, estabelecendo os mesmos requisitos para a concessão da tutela cautelar e da tutela satisfativa (probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo). Ou seja, ainda que permaneça a distinção entre as tutelas, na prática os pressupostos serão iguais. Com efeito, o parágrafo único do art. 294 deixa claro que a tutela de urgência é gênero, o qual inclui as duas espécies (tutela cautelar e tutela antecipada). Já o art. 300 estabelece as mesmas exigências para autorizar a concessão de ambas.
Art. 294.  A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único.  A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Desta maneira, configurado evidente o direito da requerente de perceber alimentos, verifica-se a possibilidade da concessão de tutela antecipada para o deferimento de alimentos em sede de liminar, senão vejamos:
A.1) Da probabilidade do direito
Por existir prova irrefutável do dever alimentar através do aparato legal trazido à baila, bem como haver grande e impostergável necessidade do valor devido à alimentada é que se vislumbra a probabilidade do direito da Requerente, caracterizado pelo direito líquido e certo de Ana Clara de ser amparada pelo requerido enquanto ainda não pode prover sua própria subsistência. 
A jurisprudência pátria partilha tal entendimento nos julgados abaixo expostos:
DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL. ALIMENTOS GRAVÍDICOS. LEI Nº 11.804/08. DIREITO DO NASCITURO. PROVA. POSSIBILIDADE. ADEQUAÇÃO DO QUANTUM. 1. Havendo indícios da paternidade apontada, é cabível a fixação de alimentos em favor do nascituro, destinados à gestante, até que seja possível a realização do exame de DNA. 2. Os alimentos devem ser fixados de forma a contribuir para a mantença da gestante, mas dentro das possibilidades do alimentante e sem sobrecarregá-lo em demasia. 3. Os alimentos poderão ser revistos a qualquer tempo, seja para majorar o encargo, seja para reduzi-lo.(TJ-RS , Relator: Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, Data de Julgamento: 20/12/2011, Sétima Câmara Cível)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIMENTOS GRAVÍDICOS. PROVAS DA PATERNIDADE. POSSIBILIDADE. É bem de ver que a situação posta ao amparo da lei que garante os alimentos gravídicos, por si só, já traz circunstâncias de difícil comprovação. Difícil para a mãe, de plano, mostrar que tem um bom direito. Mostrar que o filho que ela carrega é do homem que está sendo demandado. É de rigor que o juízo corra algum risco quando se está em sede de provimento liminar. Por isso, em casos nos quais se pedem alimentos gravídicos, algumas regras que norteiam a fixação de alimentos devem ser analisadas com um tanto de parcimônia. É necessário flexibilizar-se certas exigências, as quais seriam mais rígidas em casos de alimentos de pessoa já nascida. Não se pode exigir que a mãe, de plano, comprove a paternidade de uma criança que está com poucos meses de gestação. Por outro lado, não há como negar a necessidade da mãe de manter acompanhamento médico da criança, fazer exame pré-natal, e outros procedimentos que visam ao bom desenvolvimento do filho e que demandam certos gastos. Por isso, no impasse entre a dúvida pelo suposto pai e a necessidade da mãe e do filho, o primeiro deve ser superado em favor do segundo. É mais razoável reconhecer contra o alegado pai um “dever provisório” e lhe impor uma obrigação também provisória, com vistas à garantia de um melhor desenvolvimento do filho, do que o contrário.Nesse contexto, apesar da fragilidade da prova acerca da paternidade, é cabível a fixação dos alimentos provisórios. (TJ-RS - AI: 70047396924 RS , Relator: Rui Portanova, Data de Julgamento: 29/03/2012, Oitava Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 09/05/2012).
A.2) Do perigo do dano ou risco ao resultado útil do processo
O risco de dano é indiscutível visto ser de completa urgência o atendimento das necessidades básicas da requerente, como alimentação, saúde, moradia e remédios, considera-se a plena capacidade do requerido em fornecer à dependente uma vida sem privações, requer-se que sejam fixados os alimentos gravídicos em sede de liminar no percentual de 30% (trinta por cento) do salário mínimo, que corresponde à quantia de R$ 300,00 (trezentos reais), a título de alimentos gravídicos a ser depositado em conta bancária nº 00002747-7, agência nº 1607, operação 013, Caixa Econômica Federal, de titularidade do Sr. Nelson Feitosa de Macedo.
- DA POSTEIOR TRANSFORMAÇÃO DOS ALIMENTOS GRAVÍDICOS EM ALIMENTOS PROVISÓRIOS NO CURSO DA DEMANDA
O artigo 6º dalei é expresso ao afirmar que, com o nascimento da criança, os alimentos gravídicos concedidos à gestante serão convertidos em pensão alimentícia, mesmo que não haja pedido específico da genitora 11.804 de 2008 nesse sentido.
Acerca do tema, assevera Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona (p. 740):
Convencido da existência e indícios de paternidade, o teor do art. 6° da Lei, o juiz fixará os alimentos gravídicos que perdurarão até o nascimento da criança, sopesando as necessidades da parte autora e as possibilidades da parte ré. Após o nascimento com vida, os alimentos gravídicos ficam convertidos em pensão alimentícia em favor do menor até que uma das partes solicite sua revisão. 
Note-se que, para efeito de fixação da verba, são suficientes “indícios da paternidade”, não se exigindo prova cabal pré-constituída.
Portanto, o intuito é garantir a preservação do melhor interesse do menor em ter mantido os alimentos, já concedidos na gestação, enquanto se discute a paternidade na ação investigatória. A conversão automática da obrigação e a transferência da titularidade dos alimentos, sem a necessidade de pronunciamento judicial ou de pedido expresso da parte, garantem maior celeridade na prestação jurisdicional, além de facilitar o acesso à Justiça e favorecer de logo a solução de mérito da demanda, buscada pelo novo Código de Processo Civil que, em seu art. 4º, dispõe que “as partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa”.
IV. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer-se à Vossa Excelência:
Conceder à requerente o benefício da Justiça Gratuita, na forma da lei, com base nos arts. 2º e 4º da Lei nº 1.060/50 c/c o art. 5º, LXXIV da CF/88, por ser pobre e não se encontrar em condições financeiras de arcar com as despesas processuais e honorários advocatícios, conforme consta da declaração em anexo;
O arbitramento, desde já, dos alimentos GRAVÍDICOS em sede de tutela de urgência no percentual de 30% (trinta por cento) do slário mínimo, que corresponde à quantia de R$ 300,00 (trezentos reais), a título de alimentos gravídicos a ser depositado em conta bancária nº 00002747-7, agência nº 1607, operação 013, Caixa Econômica Federal, de titularidade do Sr. Nelson Feitosa de Macedo, ATÉ O DIA 10 DE CADA MÊS;
A não realização de audiência de mediação com finco no artigo 319, VIII, do CPC;
A citação do requerido para, querendo, apresentar resposta, no prazo legal, sob pena de sofrer os efeitos da revelia;
A intimação do digníssimo representante do Ministério Público para atuar, se entender necessário, no presente feito;
A total PROCEDÊNCIA do presente pedido, fixando os alimentos gravídicos no valor e forma requeridos;
Que, após o nascimento da criança, os alimentos gravídicos sejam convertidos em alimentos definitivos em favor do menor, nos termos do art. 6º, parágrafo único, da lei n.º 11.804/2008;
Intimação pessoal dos Defensores Públicos signatários para acompanharem os atos do processo;
Por fim, a condenação do requerido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, devendo ser revertidos em prol do Fundo de Modernização e Aparelhamento da Defensoria Pública do Estado do Piauí, CNPJ 24.226.295/001-87, mediante depósito na CC 6299-5 e AG 3791-5, Banco do Brasil.
	Protesta provar o alegado por todos os meios admitidos em Direito, notadamente o depoimento pessoal do acionado, sob pena de confesso, oitiva de testemunhas arroladas, juntada de documentos, bem como quaisquer outras providências que Vossa Excelência repute necessárias à perfeita resolução do feito. 
	Dá-se à causa, para os devidos efeitos legais, o valor de R$ 3.600,00 (três mil e seiscentos reais).
Termos em que pede e espera deferimento.
Teresina, 15 de Agosto de 2019.
ARMANO CARVALHO BARBOSA
Defensor Público
LIA MEDEIROS DO CARMO IVO
Defensora Pública
VERÔNICA ACIOLY DE VASCONCELOS
Defensora Pública
ÂNGELA MARIA HONORATO SILVA
Estagiária
ROL DE DOCUMENTOS: 
- Cópia do RG do representante da Requerente;
- Cópia do RG e CPF da Requerente;
- Cópia do cartão bancário do representante da Requerente;
- Cópia dos exames médicos que atestam a gravidez;
- Fotos Da menor e do demandado; 
- Boletim de Ocorrência nº 001159/2018 – DPCA;
- Cópia do extrato do processo de estupro de vulnerável;
- Decisão de Concessão de Medidas Protetivas;
- Parecer do Ministério Público na processo de guarda da menor grávida.

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