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Trabalho sobre: Novo anticorpo é capaz de diminuir carga do vírus HIV no sangue.

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O anticorpo 10-1074 descrito no estudo da Nature Medicine é mais potente do que o 3BNC117 —doses mais baixas são suficientes para que ele exerça atividade antiviral. No entanto, tem atividade contra um número menor de variedades do vírus. “As cepas resistentes ao 10-1074 não são resistentes ao 3BNC117”, explica a imunologista brasileira Marina Caskey, integrante da equipe de Nussenzweig e uma das autoras do artigo. “Esse dado é importante porque reforça a ideia de que o uso combinado de diferentes anticorpos pode ser mais efetivo do que o uso isolado de apenas um deles.”

O 10-1074 foi descoberto pelo pesquisador Hugo Mouquet, agora no Instituto Pasteur de Paris, na França. No estudo, os pesquisadores multiplicaram o anticorpo, administraram pequenas doses em 14 indivíduos não infectados e em outros 19 infectados com HIV-1 (subtipo mais comum e agressivo do vírus) por meio de uma única injeção intravenosa. Os pesquisadores monitoraram os níveis de anticorpos e a carga viral do HIV no sangue dos participantes ao longo de seis meses.

Verificaram que, no organismo, o 10-1074 se liga a uma região específica da superfície do vírus chamada V3 loop. O anticorpo mostrou-se seguro e bem tolerado por todos os participantes da experiência. Eles também observaram que o 10-1074 diminuiu e manteve sob controle, bastante baixa, a carga viral do HIV por até seis semanas.

A cada ano, o vírus infecta cerca de 3 milhões de pessoas no mundo, segundo os especialistas no assunto. Ao todo, estima-se que 37 milhões de pessoas não sabem que vivem com o vírus e 18 milhões não têm acesso a tratamento. No Brasil, apesar de a distribuição dos medicamentos antivirais ser gratuita por meio do sistema público de saúde, o número de casos novos Aids voltou a crescer, passando de 43 mil em 2010 para 44 mil em 2015 (ver Pesquisa FAPESP nº 250).

Os pesquisadores já iniciaram os testes envolvendo a ação combinada dos dois anticorpos e pretendem testar modificações desses mesmos anticorpos que prolongam a atividade antiviral por até quatro vezes mais tempo do que os anticorpos originais. “Acreditamos que, juntos, eles serão capazes de manter sua atividade durante vários meses, o que poderia potencialmente permitir sua administração a cada quatro ou seis meses”, explica Marina.

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