O que e necessário está associado ao monômero formador do filamento de actínia para que este se monte?
Mariana Tôrres de Castro
Há mais de um mês
Os filamentos de Actina têm aproximadamente 7nm de espessura e alguns μm de comprimento, a aparência da dupla hélice, são polares e organizam-se em forma de feixes ou de redes.
A actina G ou globular forma estruturas com 3 unidades, a união destas estruturas forma a actina F ou filamentosa. Os monômeros de actina podem ligar-se a ATP, que facilita a polimerização e dificulta a despolimerização, e a ADP, que dificulta a polimerização.
Existe um equilíbrio entre a actina G e a actina F, assim sendo quando a concentração de actina G e superior, a polimerização e favorecida, quando e inferior, a despolimerização e favorecida. Na extremidade positiva existe uma velocidade de polimerização cerca 5 a 10 vezes superior do que na extremidade negativa, sendo que na positiva se ligam os monômeros associados a ATP e na negativa os associados ao ADP. Visto que a polimerização numa extremidade favorece a despolimerização na outra, para que haja uma estabilidade dos filamentos de actina, existe o efeito treadmilling, que favorece igualmente a adição na extremidade positiva e a remoção na extremidade negativa.
Existem proteínas que regulam a polimerização e a despolimerização da actina, elas denominam-se por ABPs. Alguns dos exemplos de ABPs são os seguintes:
- Complexo Arp 2/3 – Conduz a nucleação de actina, criando ramos nos filamentos ou aumentando a sua taxa de treadmilling;
- Formina – Leva a nucleação de actina, determinando onde são iniciados e para onde alongam os filamentos;
- ERM – Promovem a polimerização dos microfilamentos; são associadas a proteínas da membrana;
- Família ADF/cofilina – Liga-se à actina-F-ADP, aumentando a taxa de despolimerização na extremidade negativa, mantém a actina-G-ADP formada nessa forma, impedindo a polimerização.
- Profilina – Estimula a passagem de actina-G-ADP para actina-G-ATP, aumentando a taxa de polimerização
- Gelsolina – Cliva a actina F em partes, pela separação de monómeros num determinado ponto;
- Timosina β4 – liga-se individualmente aos monómeros de actina, reduzindo a sua concentração no citosol, induzindo a despolimerização de actina F.
Existem ainda proteínas que regulam a polimerização/despolimerização formando um cap numa das extremidades, inibem a polimerização ou a despolimerização consoante se ligam a extremidade positiva ou negativa, respectivamente.
Os filamentos de actina podem organizar-se de duas formas distintas: em rede ou em feixes.
Os feixes de actina podem estar organizados de duas formas distintas:
- Feixes Paralelos, poucos espaços entre os filamentos e e a fimbrina que une os filamentos;
- Feixes Contráteis, existe um maior espaçamento entre os feixes de actina e e a α-actina que une as extremidades de cada filamento.
Os filamentos de actina organizados em redes consistem em arranjos tridimensionais, onde a ligação entre feixes e realizada por filamina, que liga os filamentos numa orientação tridimensional, flexível no seu arranjo global. Esta configuração encontra-se junto à membrana plasmática.