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inibição estabilizadora anestese

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Karyne Monteiro

Os anestésicos locais são fármacos que bloqueiam de forma reversível a condução do impulso nervoso, entre eles, aqueles envolvidos com estímulos nociceptivos. Seu mecanismo de ação se baseia ao bloqueio dos canais de sódio, impedindo a despolarização neuronal, o que mantém a célula em estado de repouso. A anestesia periférica atua paralisando as terminações sensitivas periféricas ou interrompendo a transmissão da sensibilidade à dor entre terminações (nociceptores) e o encéfalo. 

Tipicamente, a molécula de anestésico local é constituída por três grupos: um grupo lipofílico (geralmente um anel benzeno), um grupo hidrofílico (geralmente amina terciária) e uma cadeia intermediária que incluem ligação éster ou amida. O grupo lipofílico tem como utilidade a passagem da molécula pela membrana da célula nervosa, enquanto o grupamento hidrofílico (ionizável) interage com o receptor celular. De acordo com a natureza da cadeia intermediária, os anestésicos locais podem ser classificados em agentes tipo éster (procaína, tetracaína) ou amida (lidocaína, mepivacaína, bupivacaína). A importância clínica dessa divisão está associada à duração do efeito (forma de inativação dos compostos) e ao risco de reações alérgicas. Os ésteres tem duração de efeito menor, pois são hidrolisados por enzimas encontradas de forma ampla nos tecidos e no plasma, exceto a tetracaína. Amidas sofrem metabolismo hepático, com consequente maior duração da ação. Ésteres determinam maior taxa de reações de hipersensibilidade, enquanto alergias são raras com anestésicos tipo amida. Anestésicos locais são bases orgânicas fracas, pobremente solúvel em água. Por isso, as soluções comerciais são preparadas como sais ácidos (hidrossolúvel), geralmente obtidas por adição de ácido clorídrico. Assim, apesar dos agentes serem bases fracas, as preparações farmacêuticas são levemente ácidas, com pH variando de 4,5 a 6,0. Esta acidez aumenta a estabilidade das soluções anestésicas. Uma vez injetadas nos tecidos, com pH mais alcalino (pH=7,4), há tamponamento do ácido, liberando base em forma não-ionizada, passível de ser absorvida. 

Bibliografia caso tenha interesse: http://www.digimed.ufc.br/wiki/index.php/Anest%C3%A9sicos_locais_e_aplica%C3%A7%C3%B5es_cl%C3%ADnicas

 

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