Existem dois tipos de vias apoptóticas: a extrínseca (ou via dos recetores de morte) e a intrínseca (ou via mitocondrial). Relativamente à via extrínseca, esta consiste na ativação de recetores de morte que estão localizados na superfície da membrana celular.
Esta via inicia-se quando ocorre uma ligação dos ligandos de morte aos seus correspondentes recetores, como por exemplo ligação do ligando FASL ao recetor FAS/CD95. Estes recetores contêm um domínio extracelular e um domínio intracelular citoplasmático (também conhecido como domínio de morte).
Este último é responsável pela transmissão do sinal de morte, levando à ativação dos recetores de morte que, por sua vez, recrutam a molécula adaptora FADD (FAS-proteína associada com domínio de morte) e a pro-caspase-8, levando à formação do complexo de sinalização de indução de morte (DISC).
Por sua vez, o complexo DISC ativa a caspase iniciadora pro-caspase-8, que, uma vez na sua forma ativa de caspase-8, pode ativar as caspases executoras através de duas vias: a) cliva diretamente as pro-caspases-3, -6 e -7, acionando assim a via executora da apoptose que, neste caso, é uma via dependente de caspases e independente da via mitocondrial; b) cliva a proteína Bid (proteína pro-apoptótica da família Bcl-2) no fragmento Bid truncado (tBid) que sofre translocação para a mitocôndria onde induz a libertação do citocromo C (cit C). Este, por sua vez, liga-se ao factor-1 apoptótico ativador da peptidase (APAF-1) e à pro-caspase iniciadora -9, formando assim o apoptossoma. Esta estrutura induz a ativação da caspase-9 que por sua vez cliva as pro-caspases executoras -3, -6 e -7 ativando-as, desencadeando-se assim o processo apoptótico.
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