Fisiologia do Exercício

Durante a contração muscular esquelética a enzima ATPase presente na cabeça da miosina cliva o ATP em ADP+Pi. Durante esta clivagem, a cabeça da miosina será energizada favorecendo a ligação da actina com a miosina (contração musular) (ZATSIORSKY,1999).

Em exercício de alta intensidade há a necessidade de rápida ressíntese de ATP para ser clivado e gerar energia para as contrações musculares. Para tanto, a fosfocreatina atua de forma predominante na "doação" de energia (Pi) para a ressíntese de ATP.

A fosfocreatina é clivada (através da enzima creatina quinase CK-MM) favorecendo a seguinte reação: ADP + Pi = ATP. Este ATP será clivado novamente gerando energia para a contração muscular.

Durante esse tipo de atividade física, o metabolismo predominante é o anaeróbio.

O metabolismo anaeróbico contribui para a produção de ATP em atividades de curta duração ( aproximadamente até 90 segundos ), a não utilização de oxigênio garante que seja rápida a síntese de ATP para a atividade. A produção de ATP é feita a partir da glicose ou glicogênio muscular, sendo 1 mol de glicose produz 2 moles de ATP.

Há dois mecanismos de produção de energia no metabolismo anaeróbico: O mecanismo da fosfocreatina ( alático ) e o da glicogenólise ( lático ).

Mecanismo da fosfocreatina ( alático ) - O sistema da creatina (ATP-CP) fosfato é utilizado pelo corpo para atividades intensas e de curta duração, como tiros de corrida, musculação e arremesso de peso, já que fornece cerca de 10 segundos de duração da energia.

Durante os primeiros 2-3 segundos é utilizado a adenosina trifosfato armazenada no músculo, após isso é utilizado a creatina fosfato para reesíntese de ATP, o que ocorre até a creatina fosfato acabar. Ainda sendo necessária a produção de energia, o metabolismo anaeróbico lático ou anaeróbico passa a gerar ATP para o exercício.