escola realista
ALAOR CACIANO FREITAS
A Escola Realista do Direito teve seu desenvolvimento no estudo de diversos autores que buscaram justificar essa corrente de pensamento. Estes, por sua vez, foram divididos em duas correntes: o Realismo jurídico Escandinavo e o Realismo jurídico Norte-americano. Ambos tendo em comum a preferência pelo método empírico nas investigações científicas e a rejeição de valores absolutos no âmbito jurídico. A diferença básica entre eles é que, a corrente Norte americana dispensou especial atenção à psicologia na atividade judiciária e a corrente escandinava concentrou à sua reflexão no papel dos Tribunais em face do ordenamento jurídico.
O chamado Realismo jurídico, também chamado de Jurisprudência sociológica procura dar às decisões judiciais e aos pronunciamentos doutrinários um fim social autêntico, ou seja, uma sensibilidade maior à necessidade de realização da justiça como a sociedade a encara, com o abrandamento dos aspectos puramente formais da atividade judiciária.
Na visão desses autores, não é possível estudar o direito como mero ordenamento jurídico composto de normas coordenadas em relação de hierarquia umas com as outras; ou seja, não admitem uma especulação puramente dogmática acerca das normas jurídicas. Elas, na verdade, não subsistem e sequer são possíveis sem a realidade de que efetivamente resultam. Portanto, para os Realistas, o direito é fato social.
Os realistas adotam uma nova concepção de direito, se confrontando com as posturas codicistas, que vêm o direito numa esfera normativa. O direito para a Escola Realista corresponde às decisões proferidas pelos juízes perfazendo um percurso que sai do fato à norma e não da norma ao fato, como sustentavam as teorias precedentes.
Se o direito é fato, segue-se que as correntes teóricas do realismo renunciam a qualquer explicação transcendente ou metafísica dele, que não existiria como realidade em si, objeto ideal. Não cabe, portanto, a dualidade entre direito efetivo e o direito ideal, esse como hipótese e aquele como realidade, à semelhança do confronto histórico entre naturalistas e positivistas. O direito, para os realistas é um só, apenas aquele declarado como tal pelo tribunal e nada mais.
Há diversas correntes que respondem pelo nome de Realismo Jurídico, das quais, destaca-se principalmente o legal realism - norte americano e o escandinavo.
O ponto em comum que vincula as diversas manifestações realistas consiste na adoção de um método empírico de investigação científica que dá destaque à realidade concreta e rejeita a presença de comandos ideológicos. A filiação do realismo jurídico à filosofia positiva é tão forte que é empregado como sinônimo de positivismo e empirismo jurídicos
DLRV Advogados
Realismo jurídico é um conjunto de correntes doutrinárias da filosofia do direito que entendem o sistema jurídico como um fato, distanciando-se da metafísica, e daquelas teorias mais idealistas sobre o direito.
Os adeptos desta teoria costumam entender que as decisões judiciais são a verdadeira forma de determinação do direito.
O realismo considera indiferente a análise de normas jurídicas para a definição do que é direito, e não considera a moral e a justiça indispensáveis para a definição do que é direito.
Assim como o positivismo jurídico, o realismo jurídico nega a existência de elementos morais e políticos no conceito de direito. Ambos também têm em comum o fato de que o direito se baseia no poder, com a diferença de que para o positivismo jurídico, tal poder se manifesta pelas normas jurídicas emanadas por autoridade, enquanto para o realismo, pelas decisões judiciais emanadas pelo magistrado.
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Introdução ao Direito I
•UNIFASC
Jaine Borges Oliveira
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