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O QUE É O PRINCIPIO DA RETROATIVIDADE DA LEI ?

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thais lima

Princípio da Irretroatividade da Lei :

CF Art. 5.º XL- "A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. Salienta-se que quando duas ou mais legislações tratarem do mesmo assunto de modo distinto, estaremos diante do famoso conflito de leis penais no tempo."

Sobre o princípio da anterioridade e da irretroatividade da lei penal, o doutrinaor Paulo queiroz dispõe: "O princípio da anterioridade, uma dimensão do princípio da legalidade, significa que a lei deve necessariamente preceder às infrações penais nela previstas 
como condição de validade, pois do contrário a norma acabaria por incidir sobre comportamentos que até então não constituíam ilícito penal ou que eram punidos menos gravemente, violando o princípio. Portanto, de acordo com o princípio da anterioridade, a lei nova só poderá reger fatos futuros e não pretéritos. Em conseqüência, vigora como regra geral a irretroatividade da lei penal, não podendo a nova lei ser aplicada a fatos anteriores à sua vigência. Mas excepcionalmente a norma operará retroativamente, alcançando, por conseguinte, situações anteriores à sua entrada em vigor, sempre que for mais benéfica para o infrator: ou porque lhe é mais branda (lex mitior) ou porque descriminaliza a conduta (abolido críminis). Justifica- se a exceção em favor da liberdade, mais uma vez, não se verificando, em tal caso, ofensa à natureza garantista do princípio. Nesse sentido, dispõe a Constituição Federal, art. 5S, XL, que “a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu”.

 

sobre a retroatividade GRECO disertar em seu código comentado :

"Retroatividade

É a possibilidade conferida à lei penal de retroagir no tempo, a fim de regular os fatos ocorridos anteriormente à sua entrada em vigor, desde que benéfica ao agente.

De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a atual redação do art. 110, § 1º, do Código Penal, incluída pela Lei nº 12.234/2010, segundo a qual a prescrição não pode, em nenhuma hipótese, ter como termo inicial data anterior à denúncia, não se aplica à espécie, tendo em vista a proibição da retroatividade da lei penal mais rigorosa. Precedentes (STJ, AgRg no REsp 1.534.688/SP, Rel.ª Min.ª Maria Thereza de Assis Moura, 6ª T., DJe 28/03/2016).

Por força da alteração no Código Penal, veiculada pela Lei nº 12.015/2009, o Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento de que a prática de conjunção carnal e ato libidinoso diverso constitui crime único, desde que praticado contra a mesma vítima e no mesmo contexto fático. Em obediência ao princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica, tal compreensão deve retroagir para atingir os fatos anteriores à citada lei (STJ, REsp 1.091.392/SP, Rel. Min. Nefi Cordeiro, 6ª T., DJe 09/03/2016).

A aplicação retroativa da Lei nº 12.015/2009 em nada beneficia o Paciente, pois ao delito de estupro de vulnerável previsto no art. 217-A do Código Penal é prevista a pena mínima de 08 anos de reclusão, mais severa do que aquela cominada ao Paciente em razão da aplicação do art. 213, c/c. o art. 224 do Estatuto repressivo. (STJ, HC 253963/RS, Relª Minª Laurita Vaz, 5ª T., DJe 26/3/2014).

A Constituição Federal excepciona a regra da intangibilidade da coisa julgada, prevista no art. 5º, XXXVI, quando estabelece a retroatividade de lei penal nova mais benigna (art. 5º, LX). (STJ, HC 123413/RJ, Rel. Min. Jorge Mussi, 5ª T., DJe 06/04/2009).

Constatada a possibilidade de o condenado ser favorecido, de qualquer forma, por lei posterior, deve ser reconhecido o seu direito à benesse, ainda mais quando o Diploma Legal mais benéfico foi incorporado ao ordenamento jurídico enquanto em trâmite a ação penal (STJ, HC 59777/SP, Rel. Min. Gilson Dipp, 5ª T., DJ 6/10/2006, p. 407).

Novatio legis in mellius De acordo com o parágrafo único do art. 2º do Código Penal, a lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. A novatio legis in mellius será sempre, portanto, retroativa, sendo aplicada aos fatos ocorridos anteriormente à sua vigência, ainda que tenham sido decididos por sentença condenatória já transitada em julgado. Se, por exemplo, surgir uma lei nova reduzindo a pena mínima de determinada infração penal, deve aquela que foi aplicada ao agente ser reduzida a fim de atender aos novos limites,14 mesmo que a sentença que o condenou já tenha transitado em julgado. Só não terá aplicação a lei nova, no exemplo fornecido, se o agente já tiver cumprido a pena que lhe fora imposta.

Novatio legis in pejus Se a lei posterior à prática do fato vier, de alguma forma, prejudicar o agente, prevalecerá a regra absoluta da irretroatividade, nos termos do art. 5º, inc. XL, da Constituição Federal, que diz que a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.

Novatio legis in pejus e crimes permanentes e continuados

Aplica-se a Súmula nº 711 do STF, que diz: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

Abolitio criminis Encontra-se prevista no caput do art. 2º do Código Penal, que diz que ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória."

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Estudante PD

O Princípio da irretroatividade da lei menciona que a norma penal não pode retroagir salvo se for em benefício do réu. É um princípio previsto no artigo 5º inciso  XL  da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 que dispõe:

 XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

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