Tibúrcio, movido pela sede de vingança contra Anaximandro, planejou a morte de seu desafeto, pensando em todos os detalhes da execução, e externou seu desejo a Gotardo, que o denunciou a polícia, evitando assim o fato trágico. Tibúrcio cometeu qual crime? Justifique a sua resposta, com supedâneo nos princípios do direito penal.
Tibúrcio não cometeu nenhum crime, pois o iter criminis (cogitação, preparação, execução e consumação, o caminho do crime) foi paralisado na preparação, e a preparação de um possível crime não constitui crime.
Vem à mente o princípio da alteridade no Direito Penal, na qual a conduta do agente que não se exterioriza, não constitui relevo para o Dir. Pen.
Outro princípio condizente com o caso em tela é o da ofensividade, pelo qual não constitui crime uma conduta humana que não fira - lese, um bem jurídico-penal.
Por fim, o princípio motriz da atuação do Direito Penal na sociedade deve ser lembrado, a saber: o princípio da intervenção mínima. O Direito Penal, conforme o dito princípio, só deverá ser aplicado quando todos os demais meios de controle social não forem sufucientes para combater aquela conduta desviante da média da sociedade. Antes do Direito Penal atuar deve vir primeiro a educação, a moral, o esporte, etc. dando à sanção penal o caráter de utima ratio dos meios de controle social e não o de prima ratio.
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