O princípio da impessoalidade estabelece o dever de imparcialidade na defesa do interesse público, impedindo discriminações e privilégios indevidamente dispensados a particulares no exercício da função administrativa. Além do mais, possui outro aspecto importante, a atuação dos agentes públicos é imputada ao Estado, portanto, as realizações não devem ser atribuídas à pessoa física do agente público, mas à pessoa jurídica estatal a que estiver ligado.
Fundamentação:
Princípio da Impessoalidade prevê que a atuação do agente público deve ser pautada pela busca de interesses da coletividade, não visando beneficiar ou prejudicar ninguém em especial, a norma prega a não discriminação das condutas administrativas. Este principio reflete na não discriminação das pessoas, seja para beneficiar ou prejudicar. Este princípio, visa dar tratamento igualitário a todos que se encontrem em idêntica situação jurídica;
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo explicam muito bem o tema: “A impessoalidade da atuação administrativa impede, portanto, que o ato administrativo seja praticado visando a interesses do agente ou de terceiros, devendo ater-se à vontade da lei, comando geral e abstrato em essência. Dessa forma, impede perseguições ou favorecimentos, discriminações benéficas ou prejudiciais aos administrados. Qualquer ato praticado com objetivo diverso da satisfação do interesse público será nulo por desvio de finalidade.” E citam um exemplo: “o ato de remoção tem a finalidade específica de adequar o número de servidores lotados nas diversas unidades administrativas de um órgão ou entidade às necessidades de mão de obra de cada unidade, conforme a disponibilidade total de servidores no órgão ou entidade. Se um ato de remoção é praticado com a finalidade de punir um servidor que tenha cometido uma irregularidade, ou que trabalhe de forma insatisfatória, o ato será nulo, por desvio de finalidade, mesmo que existisse efetiva necessidade de pessoal no local para onde o servidor foi removido”. (Direito Administrativo Descomplicado. 21ª ed. pg. 192-193).
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