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3. PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS - (Direito administrativo)

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Brenda Alves | Passei Direto 
DIREITO ADMINISTRATIVO – Princípios 
administrativos 
 PRINCÍPIOS DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO 
 Decorre do regime democrático e do sistema representativo. 
 Fundamenta as prerrogativas e os poderes especiais da Administração 
Pública. 
 Quando ocorrer conflito entre o interesse público e o interesse privado há de 
prevalecer o interesse público. 
 Está presente em todos os atos administrativos dotados de imperatividade, 
em que sejam impostas unilateralmente, obrigações para o administrado, ou 
em que seja restringido ou condicionado o exercício de atividades ou de 
direitos dos particulares. Ex: atos de poder de policia administrativa, 
desapropriação, requisição de bens particulares, etc. 
 PRINCÍPIOS DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO 
 Limita a atuação da Administração Pública. 
 Decorre do fato de que a administração não é proprietária da coisa pública, 
do patrimônio público, mas mera gestora de coisa alheia, uma vez que o 
proprietário é o povo. 
 Só a lei, por ser a expressão da vontade geral do titular da coisa pública “o 
povo”, é apta a estabelecer o que seja interesse público, e se for o caso, dele 
dispor. 
 É vedado ao administrador qualquer ato que implique renuncia a direitos da 
administração ou que injustificadamente onere a sociedade. 
 PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS 
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência (...)” 
 
Princípios Constitucionais Explícitos ou Expressos 
1. Legalidade 
 Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão 
em virtude de lei (art. 5.º, II, da CF). 
 Principio da Legalidade significa para a Administração Pública que 
está só pode fazer o que a lei permite (Hely Lopes Meirelles). 
Brenda Alves | Passei Direto 
 O princípio da legalidade representa uma garantia para os 
administrados, pois qualquer ato da Administração Pública somente 
terá validade se respaldado em lei. Representa um limite para a 
atuação do Estado, visando à proteção do administrado em relação ao 
abuso de poder. 
 
 Exceções: 
 Medidas provisórias: são atos com força de lei, mas o administrado 
só se submeterá ao previsto em medida provisória se elas forem 
editadas dentro dos parâmetros constitucionais, ou seja, se presentes 
os requisitos da relevância e da urgência. 
 Estado de sítio e estado de defesa: são momentos de 
anormalidade institucional. Representam restrições ao princípio da 
legalidade porque são instituídos por um decreto presidencial que 
poderá obrigar a fazer ou deixar de fazer mesmo não sendo lei. 
 
2. Impessoalidade 
 Dupla interpretação (segundo Maria Sylvia Di Pietro) 
1) Em relação aos administrados – relaciona-se com a finalidade publica. 
A Administração Pública não poderá atuar discriminando 
pessoas de forma gratuita, ou seja, a Administração Pública 
deve permanecer numa posição de neutralidade, pois a 
atividade administrativa deve ser destinada a todos os 
administrados, sem discriminação nem favoritismo, 
constituindo assim um desdobramento do princípio geral da 
igualdade, art. 5.º, caput, CF 
2) Em relação a Administração – os atos e provimentos administrativos 
são imputáveis não ao funcionário ou a autoridade, mas ao órgão ou 
entidade administrativa, ou seja, as realizações governamentais não 
são do agente, mas da entidade publica que a produziu. 
“A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e 
campanhas dos órgãos públicos devem ter caráter educativo, 
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar 
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção 
pessoal de autoridades ou servidores públicos.” (art. 37, § 1º, da 
CF). 
 
3. Moralidade 
Brenda Alves | Passei Direto 
• Moral jurídica - “é o conjunto de regras de conduta tiradas da 
disciplina interior da Administração, assim o agente 
administrativo deve saber distinguir o bem do mal, o honesto do 
desonesto, e ao atuar não poderá desprezar o elemento ético de sua 
conduta, não podendo decidir apenas se o ato é legal ou ilegal, 
justo ou injusto, conveniente ou inconveniente, mas também se é 
honesto ou desonesto.” (Hely Lopes Meirelles, segundo Mauricio 
Hauriou). 
 
• Normas consagradoras: 
Lei 9.784/ 99 – regulamenta o Processo Administrativo no âmbito da 
Administração Pública Federal. 
Lei 8.429/92 - dispõe que todo aquele que objetivar algum tipo de 
vantagem patrimonial indevida, em razão de cargo, mandato, 
emprego ou função que exerce, estará praticando ato de improbidade 
administrativa. São exemplos: usar bens e equipamentos públicos com 
finalidade particular; intermediar liberação de verbas; estabelecer 
contratação direta quando a lei manda licitar; vender bem público 
abaixo do valor de mercado; adquirir bens acima do valor de mercado 
(superfaturamento). 
 
• Instrumentos para combater atos de improbidade: Ação 
Popular, art. 5.º, LXXIII, da CF e Ação Civil Pública, Lei n. 
7347/85, art. 1.º, desde que neste caso o interesse seja difuso. 
• Sanções aplicáveis (art.37, § 4.º, da CF): suspensão dos direitos 
políticos; perda da função pública; indisponibilidade dos bens; 
ressarcimento ao erário. 
4. Publicidade 
 A Publicidade possui dois aspectos: 
❖ Exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia do 
ato; 
❖ Exigência de transparência da atuação administrativa. 
 Definição: Indica que os atos da Administrativos merecem a mais 
ampla divulgação possível entre os administrados, isso porque 
constitui fundamento do principio propiciar-lhes a possibilidade de 
controlar a legitimidade da conduta dos agentes administrativos (José 
dos Santos Carvalho Filho). 
 Direito dos administrados à informação: Art. 5º da CF 
Brenda Alves | Passei Direto 
 XIV: “é assegurado a todos o acesso à informação e 
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário o exercício 
profissional” 
 XXXIII: “Todos tem direito de receber dos órgãos 
públicos informações de seu interesse pessoal, ou de interesse 
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.” 
• Habeas data e mandado de segurança 
5. Eficiência 
 Emenda constitucional 19/98 
 Definição: aquele que exige que a atividade administrativa seja 
exercida com presteza, perfeição e rendimento. (Hely Lopes Meirelles) 
 Noção de Administração Gerencial – propõe que a Administração 
Pública se aproxime o mais possível da administração das empresas 
do setor privado. 
 Segundo Maria Sylvia Di Pietro esse principio possui dois aspectos: 
 1) pode ser considerado em relação ao modo de atuação do agente 
– do qual se espera o melhor desempenho possível de suas atribuições, para 
alcançar melhores resultados; 
 2) e em relação ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a 
Administração Publica, também em busca de alcançar melhores resultados 
na prestação dos serviços públicos. 
• Princípio da Eficiência no Judiciário – EC 45/2004 - Inciso 
LXXVIII, art. 5º da CF: “ a todos, no âmbito judicial ou 
administrativo, são assegurados a razoável duração do 
processo, e os meios que garantam a celeridade de sua 
tramitação” 
PRINCÍPIOS NORMATIVOS OU RECONHECIDOS 
1. Princípio da Autotutela 
 O principio da autotutela possibilita à Administração Pública 
controlar seus próprios atos, apreciando-os quanto a legalidade ou 
quanto ao mérito 
 1) Legalidade, em relação aos quais a Administração, de oficio, 
procede à revisão de atos ilegais; 
Brenda Alves | Passei Direto 
 2) Mérito, em que reexamina atos anteriores quanto à conveniência 
e a oportunidade de sua manutenção ou desfazimento, podendo 
revoga-los se assim entender. 
Sumulas do STF: 
n.º 346: a administração pública pode declarar a nulidade dos seus 
próprios atos. 
n.º 473: A administração pode anular seus próprios atos, quando 
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam 
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, 
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a 
apreciação judicial. 
 Previsão legislativa: Art. 53 da Lei 9784/99 
 
2. Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade 
 Tentativa de impor limites à discricionariedade administrativa. 
 Um ato que feri a razoabilidade e a proporcionalidade é um ato 
ilegítimo, e portanto, nulo. 
 Principio da razoabilidade: Adequação e Necessidade = é necessário 
que os meios empregados pela Administração sejam adequados à 
consecução do fim almejado e que sua utilização, especialmente 
quando se trata de medida punitiva seja realmente necessária. 
 Principio da proporcionalidade – fundamenta-se na proibição do 
excesso de poder - significa que quando o Poder Publico intervém nas 
atividades sob seu controle, deve atuar porque a situação reclama 
realmente a intervenção, e esta deve processar-se com equilíbrio, sem 
excessos e proporcionalmente ao fim a ser atingido. Uma infração leve 
deve sofrer uma punição branda; a uma falta grave deve corresponder 
uma sanção severa. 
 Lei 9784/99: 
 Art. 2º. A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos 
princípios da legalidade, finalidade, motivação .... 
 Parágrafo único. Nos processos administrativos serão 
observados, entre outros, os critérios de: 
 “VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de 
obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas 
estritamente necessárias ao atendimento do interesse público; 
 
Brenda Alves | Passei Direto 
3. Princípio da Continuidade do Serviço Público 
 Decorre do fato de que os serviços públicos são no interesse da 
coletividade, por este motivo sua prestação deve ser adequada, não 
podendo sofrer interrupções. 
 Sua observância é obrigatória não só para toda a administração 
pública, mas também para os particulares que sejam incumbidos da 
prestação de serviços públicos sob regime de delegação. 
 Exemplos de aplicação: 
❖ Direito a greve no serviço público/ Manutenção do atendimento das 
necessidades inadiáveis - CF, art.9º, § 1º. 
 “A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e 
disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da 
comunidade.” 
❖ Inoponibilidade da Exceção de contrato não cumprido nos contratos 
realizados com a Administração Pública (exceptio non adimpleti 
contractus). 
 
4. Princípio da Segurança Jurídica 
 Necessidade de estabilização das relações jurídicas. 
 Lei 9.784, art. 2º, § único, inciso XIII: 
 Art. 2º (...) 
 “Parágrafo único. Nos processos administrativos serão 
observados, entre outros, os critérios de: 
 XIII - interpretação da norma administrativa da forma que 
melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, 
vedada aplicação retroativa de nova interpretação.” 
 Lei 9.784, art. 54: 
 “O direito da Administração de anular os atos administrativos 
de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 
cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo 
comprovada má-fé.”

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