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Quando a democracia moderna foi instituída, o direito do voto ficou restrito a uma pequena parcela da população.

Qual era o critério de exclusão do processo eleitoral originalmente utilizado?

💡 2 Respostas

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Sarai Ferreira

Posses, os grandes fazendeiros na epoca democratica mantiam dominio sob os eleitores (homens) que trabalhavam em suas fazendas e assim restringia e ele a escolha de quem governaria. Basicamente isso...

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LR

Segundo a teoria clássica da democracia, ou seja, a teoria aristotélica, a Democraica era considerada o “Governo do Povo, de todos os cidadãos, ou seja, de todos aqueles que gozam dos direitos da cidadania” (BOBBIO, 1993: 319), entretanto na Grécia antiga a categoria de ‘cidadão’ não era destinada a todos as camadas da população, apenas os instruídos poderiam participar da política, poderiam se considerar detentores de cidadania, pois considerava-se verdade que “ ‘aquele que não recebeu instrução nem conheceu nada de bom e de conveniente e que desequilibra os negócios públicos intrometendo-se sem discernimento, semelhante a uma torrente caudalosa’” (BOBBIO, 1993: 320), e por isso o recorte da cidadania excluía as mulheres (limitadas ao trabalho doméstico e materno), os pobres (limitados pela sobrevivência e trabalho pesado) e os escravos (limitados pela privação de liberdade). Este recorte permanece muito vive até a instituição dos Estados Modernos, onde no parlamento inglês, por exemplo, apenas poderia ser integrante homens ingleses brancos e ricos. “Em geral, a linha de desenvolvimento da Democracia nos regimes representativos pode figurar-se basicamente em duas direções: a) no alargamento gradual do direito ao voto, que inicialmente era restrito a uma exígua parte dos cidadãos com base em critérios fundados sobre o censo, a cultura e o sexo e que depois se foi estendendo, dentro de uma evolução constante, gradual e geral, para todos os cidadãos de ambos os sexos que atingiram um certo limite de idade (sufrágio universal); b) na multiplicação dos órgãos representativos (isto é, dos órgãos compostos de representantes eleitos, que num primeiro tempo se limitaram a uma das duas assembleias legislativas, e depois se estenderam, aos poucos, à outra assembleia, aos órgãos do poder local, ou, na passagem da monarquia para a república, ao chefe do Estado. Em uma e em outra direção, o processo de democratização, que consiste no cumprimento cada vez mais pleno do princípio-limite da soberania popular, se insere na estrutura do Estado liberal [do Estado moderno] entendido como Estado, in primis, de garantias. Por outras palavra, ao longo de todo curso de um desenvolvimento que chega até nossos dias, o processo de democratização, tal como se desenvolveu nos Estados, que hoje são chamados de Democracia liberal, consiste numa transformação mais quantitativa do que qualitativa do regime representativo. Neste contexto histórico a Democracia não se apresenta coimo alternativa (como seria no projeto de Rousseau rejeitado por Constant) ao regime representativo, mas é o seu complemento; não é uma reviravolta mas uma correção.” (BOBBIO, 1993: 324).

Referência bibliográfica:

BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política. 5. ed. Brasília: Edunb, 1993.

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