O sistema imune se desenvolveu para proteger o hospedeiro contra patógenos e outras substâncias estranhas. A discriminaçãodo próprio e não próprio é um dos marcos do sistema imune. Há dois locais principais onde os patógenos residem: Extra-celularmente, nos espaços dos tecidos ou intra-celularmente, dentro de uma célula hospedeira e o sistema imune tem maneiras diferentes de lidar com patógenos nesses locais
Os linfócitos são células do sistema imunológico relacionadas com a defesa do organismo. São células esféricas de tamanho variado e recebem a denominação de linfócitos pequenos, quando apresentam de 6 μm a 8 μm, e de linfócitos maiores, quando chegam até 18 μm. Essas células são tipos específicos de glóbulos brancos, também chamados de leucócitos, e podem ser classificadas em três tipos: linfócitos T, linfócitos B e células NK.
Os linfócitos T CD8+ têm ação citolítica, ou seja, são capazes de destruir células que carreguem na superfície peptídeos que eles reconheçam como estranhos e aos quais se liguem especificamente.
Existem dois mecanismos principais responsáveis pela morte dessas células por esses linfócitos.
O primeiro mecanismo envolve a formação de poros nas membranas e com isso ocorre a entrada de íons e água na célula. O segundo, envolve a apoptose, que é a morte celular programada. Para que isso ocorra o linfócito T CD8+ ativado produz duas proteínas envolvidas nesse processo. São elas a perforina e a granzima. Essas proteínas se concentram em grânulos citoplasmáticos ligados à membrana.
As membranas do linfócito e da célula alvo se fundem e, por um processo de exocitose, o linfócito T CD8+ transfere o conteúdo desses grânulos que levam à lise celular. A perforina é uma proteína formadora de poros em membrana celular e as granzimas são serino-proteases que entram na célula alvo através dos poros formados pela perforina e induzem a apoptose.
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