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Homicídio Culposo + Doloso

Como funciona a questão de direção com alcool,sendo que o condutor ao causar um acidente alcoolizado e chegar a falecer a vitima, porque o condutor responde por homicidio culposo ao inves de doloso 

💡 2 Respostas

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Jefferson Nóbrega

Tudo vai depender da ação do agente. O agente queria o resultado? Se sim, ele comete o crime de homicídio doloso e o carro foi apenas o instrumento que foi usado para atingir o resultado. Se não, responde por homicídio culposo de Trânsito, conforme exposto no art 302 do CTB.
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DLRV Advogados

O condutor embriagado que causa acidente com morte pode ser condenado por homicídio culposo (culpa consciente ou inconsciente) ou doloso (dolo direto ou eventual), dependendo das circunstâncias fáticas do ocorrido.

O dolo direto ou determinado resta configurado quando o agente prevê um resultado, e dirige sua conduta na busca de realizá-lo.

No dolo indireto ou indeterminado, o agente, por meio de sua conduta, não busca resultado certo e determinado. O dolo indireto possui duas formas:

  • Dolo alternativo: ocorre quando o agente prevê e quer agum dos resultados possíveis de sua conduta;
  • Dolo eventual: ocorre quando a intenção do agente se dirige a um resultado, aceitando outro também previsto que poderia ocorrer em consequencia de sua conduta.

A culpa também tem duas modalidades:

  • Culpa consciente: ocorre quando o agente prevê o resultado, mas espera que ele não ocorra, supondo poder evitá-lo com a sua habilidade;
  • Culpa inconsciente: o agente não prevê o resultado, que, entretanto, era objetiva e subjetivamente previsível.

Temos, de maneira resumida, que o dolo direto ocorre quando o agente prevê o resultado e quer o resultado.

No dolo eventual o agente prevê o resultado e, apesar de não querer, assume o risco.

Na culpa consciente o agente prevê o resultado, não quer, não assume o risco, e pensa poder evitá-lo.

Na culpa inconsciente o agente não prevê o resultado que era previsível, não quer, e não o aceita.

Segundo o STF, a mera embriaguez alcoólica eventual não é suficiente para a caracterização do crime no tipo doloso. O homicídio na forma culposa na direção de veículo automotor (art. 302, caput, do CTB), nesse caso, prevalece.

Para a caracterização do tipo doloso, é necessário que se comprove que o agente quis realizar o resultado, ou o previu, e, apesar de não querer, assumiu o risco.

No caso de embriaguez preordenada, na qual é comprovado que o agente se embebedou para praticar o ilícito ou assumir o risco de produzi-lo, por exemplo, caracteriza-se o dolo.

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