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caracteristicas essenciais do crime para durkheim

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luan figueiredo

Crime significa toda ação contrária aos costumes, à moral e à lei, que é legalmente punida, ou que é reprovada pela consciência. 5 A criminologia estuda as causas que atuam sobre os criminosos na determinação dos crimes, e os meios de evitar essas causas e demover estes crimes para segurança e defesa da sociedade. De acordo com Durkheim, o crime não se observa apenas na maior parte das sociedades desta ou daquela espécie, mas em todas as sociedades de todos os tipos. Não há nenhuma onde não exista criminalidade. Esta muda de forma, os atas assim qualificados não são os mesmos em toda parte, mas sempre houve homens que se conduziram de maneira a atrair sobre si a repressão penal. Se, pelo menos, à medida que a sociedade evoluísse, o índice de criminalidade tendesse a diminuir, poder-se-ia supor que o crime, embora permaneça um fenômeno normal, tenderia a perder esse caráter. Contudo, muitos fatos parecem demonstrar a existência de um movimento no sentido inverso. Desde o começo do século passado, a estatística fornece o meio de acompanhar a marcha da criminalidade, e por toda parte ela aumentou.

 

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luan figueiredo

A demonstração da permanência do crime em todas as sociedades (1) constituiu o factor determinante da sua integração no pensamento sociológico sistemático, cujo contributo mais significativo se deve a Durkheim em três das suas obras fundamentais que são De la Division du Travail Social (1893), Les Règles de la Méthode Sociologique (1895) e Le Suicide (1897). Todavia, será legítimo situar o início da sociologia criminal a partir do segundo quartel do século XIX (2), altura em que foram desenvolvidos inúmeros estudos, em diversos países (França, Bélgica, Alemanha e Grã-Bretanha), com aplicação de métodos e instrumentos sociológicos, nomeadamente a recolha e interpretação de dados estatísticos (3). Mas é efectivamente com os trabalhos de Lacassagne (4), Gabriel Tarde (5), e Émile Durkheim (6) que a sociologia criminal adquire o seu estatuto de ciência, especialmente a partir do 3.º Congresso de Antropologia Criminal, realizado em Bruxelas, em 1892, que marca a viragem das explicações da escola positiva em favor das teorias sociológicas.

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RD Resoluções

Durkheim parte da idéia de que o indivíduo é produto da sociedade. Dessa maneira poderíamos ver todos os acontecimentos como sendo um fato social, pois como Durkheim “[…] todo o indivíduo come, bebe, dorme, raciocina, e a sociedade tem todo o interesse em que essas funções se exerçam regularmente”. Logo, se considerarmos esses objetos como sendo fatos sociais a sociologia perde o seu domínio próprio. Assim, só há fato social quando existe uma organização definidas/


Para Durkheim, o modo como o homem age está sempre condicionado pela sociedade, logo a sociedade é que explica o indivíduo, as formas de agir apresentam um tríplice caráter: são exteriores (provem da sociedade e não do indivíduo); são coercitivos (impostas pela sociedade ao indivíduo); e, objetivas (têm uma existência independente do indivíduo). Portanto, os fatos sociais são exteriores, coercitivos e objetivos.


Em cada sociedade, os fatos sociais devem sofrer a avaliação de normal/anormal, o que leva, portanto, a admitir certa relatividade moral sobre os fatos sociais envolvendo relações humanas. O normal e o patológico são da mesma natureza, mas Durkheim toma como normais os fatos que apresentam formas gerais em toda a extensão de uma espécie. Ao contrário, anormais seriam os fatos cujas formas se mostrem excepcionais.

A normalidade ou anormalidade do fato social também deve ser considerada em relação a uma fase de seu desenvolvimento.

Ao se debruçar especificamente sobre o crime como um fato social, Durkheim aponta, como relevante, não só os atributos de generalidade, exterioridade e coercitividade, como também as reações efetivas que tal fenômeno provoca na sociedade, quais sejam, as respostas punitivas que despertam nos indivíduos.

Durkheim afirma que o crime não pode ser definido como um fato anormal. É algo universal, observável em todas as sociedades, com mudança apenas na forma, no sentido de que alguns indivíduos atrairão para si a repressão penal.


Além disso, verifica-se que o crime não tende a desaparecer. Em sociedades mais complexas, caracterizadas pelo que Durkheim chama de solidariedade orgânica, bem ao contrário, parece aumentar. Portanto, não pode o crime ser equiparado a uma doença ou a um mal excepcional, mas sim a algo que faz parte da sociedade, o que impede de cogitar-se de anormalidade.

O crime constitui, assim, um fato social normal, que chega a ser definido pelo sociólogo francês como “um fator da saúde pública, uma parte integrante de toda sociedade sadia”.

Só se poderia cogitar da anormalidade do crime caso atingisse índice muito exagerado. Durkheim, porém, não arrisca uma delimitação do que poderia constituir o excesso patológico nas taxas de criminalidade verificadas em cada sociedade.


O crime nada mais é que um ato ou conduta praticada pelos indivíduos, fruto da maldade e liberdade humanas, que macula certos sentimentos coletivos, sendo, pois, impossível se evite sua ocorrência.

A definição dos fatos sociais como crimes, portanto, depende da consciência coletiva.

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