Recentemente vi que Estagiária que engravida durante ocupação de cargo de estágio, não goza de benefícios de estabilidade, haja vista não há vínculo empregatício no estágio.
Minha pergunta é na seara penal. Como Estagiário não é um Servidor Público, pode ele cometer crimes contra a Administração pública assumindo-se ele ser Servidor, por estar ele num cargo muito próximo ao público. Na seara penal, ele é considerado um Servidor ?
Estava a ler o PAD (Processo Administrativo Disciplinar) e uma frase de Alexandre de Moraes, sobre o PODER DISCIPLINAR, chamou-me a atenção, cito:
(...) faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. É uma supremacia especial que o Estado exerce sobre todos aqueles que se vincu- lam à Administração por relações de qualquer natureza, subordinando-se às normas de funcionamento do serviço ou do estabelecimento a que se passam a integrar definitiva ou transitoriamente.26
Sei que punições administrativas são uma coisa e penais, outra, mas o relações de qualquer natureza me deixou pensativo.
O Estagiário, por estar diretamente envolvido com trabalho, documento, informações, valores etc... caso cometa algum ilícito penal, ele será tratado como uma pessoa comum ou um Servidor ?
Nos termos do § 1º do art. 327 do Código Penal, o Estagiário é considerado funcionário público por equiparação e será tratado como tal.
O estagiário da administração pública é considerado servidor público para fins penais porque se enquadra no que dispõe o art. 327, caput, do Código Penal.
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.
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