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TGP - Competência

2) Pedro, advogado, foi procurado por Mário, residente em Petrolina-PE, afirmando este que sua mãe encontrava-se muito enferma e necessitando utilizar diversos medicamentos e que os valores dos mesmos não haviam como ser suportados pela família, tendo afirmado que uma outra pessoa havia obtido uma decisão judicial que determinava que o Estado de Pernambuco foi obrigado a fornecer os medicamentos em questão pela rede pública de saúde (SUS). Pedro ingressa então com ação judicial, não contra o Estado, mais sim contra o município de Petrolina-PE, na qual pede a condenação do ente à obrigação do fornecimento dos medicamentos. A ação foi endereçada a uma das varas cíveis da comarca, tendo sido distribuída especificamente à 2ª Vara Cível da Comarca de Petrolina-PE, tendo aquele juízo, após algumas decisões, inclusive de deferimento de tutela de urgência, declinado a competência de processamento e julgamento da ação para a Vara da Fazenda Pública de Petrolina, ocasião em que extinguiu o processo sem resolução de mérito, determinando o arquivamento dos autos.

  1. a) Agiu corretamente o advogado ao ajuizar a ação contra o Município de Petrolina? Explique.
  2. b) No caso em apreço foi correta a decisão do magistrado ao declinar a competência de ofício?
  3. c) De acordo com o nCPC qual seria a providência correta a ser adotada no caso em análise?
  4. d) Em relação à decisão que concedeu a liminar em sede de tutela de urgência, seria necessariamente e automaticamente revogada ante a eventual decisão pela incompetência?

💡 2 Respostas

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Nayara Polese

resposta correta c

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Carlos Eduardo Ferreira de Souza

a) Agiu corretamente, do ponto de vista processual, mas poderia ter sido mais eficiente. É que o STJ tem entendido pela solidariedade entre União, Estado e Município para fornecimento de medicamentos. Entretanto, não reconhece litisconsórcio passivo necessário, razão pela qual a demanda está apta ao julgamento, no quesito legitimidade passiva.

b) Foi correta a decisão, pois as causas submetidas à Fazenda Pública têm critério de fixação de competência absoluta, em razão da pessoa (in casu, ente público municipal), podendo conhecer de ofício. Entretanto, deveria ter intimado a parte a se manifestar, previamente, conforme art. 9º, do CPC: "Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida."

c) Deveria ter intimado a parte a se manifestar, previamente, conforme art. 9º, do CPC: "Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.". Ademais, deveria ter remetido os autos ao juiz competente e não extinguir, com arquivamento.

d) Não, salvo decisão em contrário do juízo competente: 

Art. 64, do CPC. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.

§ 1º A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício.

§ 2º Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência.

§ 3º Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.

§ 4º Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.

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