Acredito que sim. A sociedade capitalista também é desenvolvidada através da política, desse modo, torna-se necesário que, precipuamente, em relação a quem vive nesse modo econômico se adequar ao instrumento norteador da sociedade em geral.
Segundo Francis Wolff, em entrevista para o Jornal do Senado publicada em 20 de junho de 2012, o desinteresse dos cidadãos pela política, ou seja, o apolitismo, “é a recusa dos cidadãos, explicita ou implícita, em participar da vida da comunidade política e das escolhas que essa comunidade faz”. Os exemplos citados pelo filosofo onde esse “desinteresse pela coisa pública” se manifesta são dois: 1) “Na Europa, o apolitismo se manifesta quando o povo vota em grupos populistas e Demagógicos (partidos de extrema direita, xenofóbicos) e quando se abstém em massa das votações”; 2) “No Brasil, o apolitismo se manifesta quando os cidadãos se afastam dos políticos. Em vez de entrar no território ligado ao poder, os cidadãos se ‘retiram’ para o território individual, familiar, religioso e até esportivo.”. A ameaça que o apolitismo representa para a democracia, se dá nos seguintes termos: “O distanciamento entre os governantes e os governados é a negação da democracia. É possível que o cidadão nem perceba que, quanto ele procura ‘viver em paz’, sem intrometer-se nos temas públicos, a política acaba se tornando um campo exclusivo dos ‘políticos profissionais’. Como estão distantes do povo, esses políticos tendem a tomar medidas tecnicistas, orientadas por critérios técnicos, sem levar em consideração as opiniões, os interesses e as vontades da população. No dia a dia, o cidadão não se dá conta disso. Só percebe quando os políticos baixam alguma medida que realmente o prejudica.”.
Ainda sobre o apolitismo, Francis Wolff faz mais alguns esclarecimentos:
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