A arbitragem se divide em compromisso arbitral e cláusula compromisória - assim, conforme se verifica do artigo 485, VII do CPC - caso acolhida a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência será o feito extinto sem a resolução do mérito.
O instituto da arbitragem é tratado pela Lei 9.307/1996, que considera a convenção de arbitragem como um gênero do qual a cláusula compromissória e o compromisso arbitral são as duas espécies.
A cláusula compromissória é anterior ao conflito de interesses, fazendo parte de contrato quando ainda não existe qualquer litígio entre as partes contratantes (art. 4º da Lei 9.307/1996). O compromisso arbitral é posterior ao surgimento do conflito, quando as partes entendem mais adequado solucionar o conflito pela via arbitral (art. 9º da Lei 9.307/1996).
Em ambos os casos, as partes terão preferido uma solução arbitral à intervenção do Poder Judiciário, podendo qualquer uma delas arguir em sua defesa tal convenção, de forma a impedir a continuação do processo, forçando a parte que buscou a proteção jurisdicional à solução arbitral.
Ressalte-se que segundo o § 6º do artigo 337 do NCPC: “a ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral”.
A decisão que rejeita a alegação de convenção de arbitragem é impugnável por agravo de instrumento (art. 1015, III, NCPC). Porém, a decisão que acolhe a alegação é uma sentença (art. 203, §1º, NCPC), já que haverá extinção do processo sem resolução de mérito, impugnável por apelação.
Portanto, podemos afirmar que a alegação de cláusula compromissória na peça de defesa levará à extinção do processo sem resolução do mérito.
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