Qual o conceito de escavação do processo discursivo?
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Os conceitos e as considerações teóricas levam a compreender que o discurso como objeto de análise não é previamente dado, mas construído pelo próprio procedimento analítico. Nesse sentido, a escola francesa de Análise de Discurso tem uma maneira muito própria de conceber seu objeto de estudo. Esse objeto não é de natureza empírica, isto é, ele não é imediatamente perceptível nas palavras escritas ou faladas, muito embora seja na superfície textual dos proferimentos escritos ou orais que o discurso se constrói.
Essa afirmação, diz respeito a dois aspectos implicados no procedimento analítico. O primeiro é que, ao falar, o homem se faz e é feito por discursos que atravessam sua fala. Segundo é que, na fala ou no exercício da linguagem oral ou escrita, há sempre um processo discursivo que determina a possibilidade de a fala derivar coerência e coesão em certos arranjos de palavras, e, por consequência, derivar efeitos de sentido. Pois bem, é esse processo que é construído pela análise. Daí o discurso é concebido como objeto teórico. Isso quer dizer que, antes de ser o processo que se busca na análise, o discurso interessa como conceito que permite abordar a problemática do sentido no contexto onde se exerce a fala e como as coisas ou fatos são falados.
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Tudo isso envolve o modo como a linguagem funciona e de como, a partir desse funcionamento, deve-se proceder à análise. Essa é a questão fundamental que Orlandi (2003) levanta ao atingir o dispositivo de análise, depois de haver exposto o aparato teórico que baliza a Análise de Discurso de linha francesa. O mais importante é que o analista atente para opacidade do texto, isto é, de ele não remeter a sentido nenhum a não ser pelo atravessamento de uma ordem de discurso. De que maneira que não deve se deixar levar pelas evidências que compõem a superfície textual, ou seja, o analista deve escutar o discurso que ali ressoa para além das aparentes estruturas de coerência, de coesão, enfim, do encadeamento de palavras que caracterizam a superfície de um texto tomado como solo, em que o discurso se organiza saindo da dispersão que lhe é própria.
Fonte: Livro – Análise do discurso,2010, Pedro de Souza.
Os conceitos e as considerações teóricas levam a compreender que o discurso como objeto de análise não é previamente dado, mas construído pelo próprio procedimento analítico. Nesse sentido, a escola francesa de Análise de Discurso tem uma maneira muito própria de conceber seu objeto de estudo. Esse objeto não é de natureza empírica, isto é, ele não é imediatamente perceptível nas palavras escritas ou faladas, muito embora seja na superfície textual dos proferimentos escritos ou orais que o discurso se constrói.
Essa afirmação, diz respeito a dois aspectos implicados no procedimento analítico. O primeiro é que, ao falar, o homem se faz e é feito por discursos que atravessam sua fala. Segundo é que, na fala ou no exercício da linguagem oral ou escrita, há sempre um processo discursivo que determina a possibilidade de a fala derivar coerência e coesão em certos arranjos de palavras, e, por consequência, derivar efeitos de sentido. Pois bem, é esse processo que é construído pela análise. Daí o discurso é concebido como objeto teórico. Isso quer dizer que, antes de ser o processo que se busca na análise, o discurso interessa como conceito que permite abordar a problemática do sentido no contexto onde se exerce a fala e como as coisas ou fatos são falados.
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Tudo isso envolve o modo como a linguagem funciona e de como, a partir desse funcionamento, deve-se proceder à análise. Essa é a questão fundamental que Orlandi (2003) levanta ao atingir o dispositivo de análise, depois de haver exposto o aparato teórico que baliza a Análise de Discurso de linha francesa. O mais importante é que o analista atente para opacidade do texto, isto é, de ele não remeter a sentido nenhum a não ser pelo atravessamento de uma ordem de discurso. De que maneira que não deve se deixar levar pelas evidências que compõem a superfície textual, ou seja, o analista deve escutar o discurso que ali ressoa para além das aparentes estruturas de coerência, de coesão, enfim, do encadeamento de palavras que caracterizam a superfície de um texto tomado como solo, em que o discurso se organiza saindo da dispersão que lhe é própria.
Fonte: Livro – Análise do discurso,2010, Pedro de Souza.
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