Conforme o Princípio do Contraditório, o que se diz sobre o Inquérito Policial?
O princípio do contraditório nos permite participação em todos os momentos do processo, e, durante o inquerito policial as partes podem contratar uma perito, para auxiliar o processo de feitura do inquerito, a fim de concretizar o direito de participação advindo do principio do contraditório.
Sobre o tema, Aury Lopes Jr. afirma:
“É lugar-comum na doutrina a afirmação genérica e infundada de que não existe direito de defesa e contraditório no inquérito policial.
Está errada a afirmação, pecando por reducionismo.
Basta citar a possibilidade de o indiciado exercer no interrogatório policial sua autodefesa positiva (dando sua versão dos fatos); ou negativa (usando seu direito de silêncio). Também poderá fazer-se acompanhar de advogado (defesa técnica) que poderá agora intervir no final do interrogatório. Poderá, ainda, postular diligências e juntar documentos (art. 14, do CPP). Por fim, poderá exercer a defesa exógena, através do Habeas Corpus e do mandado de segurança.
Então, não existe direito de defesa? Claro que sim. Existe, é exigível, mas sua eficácia é insuficiente e deve ser potencializada.”
(...)
“É importante destacar que quando falamos em ‘contraditório’ na fase pré-processual estamos fazendo alusão ao seu primeiro momento, da informação.
Isso porque, em sentido estrito, não pode existir contraditório pleno no inquérito porque não existe uma relação jurídico-processual, não está presente a estrutura dialética que caracteriza o processo. Não há o exercício de uma pretensão acusatória. Sem embargo, esse direito à informação – importante faceta do contraditório – adquire relevância na medida em que será através dele que será exercida a defesa.” (Direito Processual Penal. 12ª ed. pgs. 170-171)
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Direito Administrativo e Direito Constitucional
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