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Quais os instrumentos legais de tutela do dieito ao sossego?

💡 3 Respostas

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Talia Almeida

A Lei das Contravenções Penais (Decreto-Lei nº 3.688/1941) no seu artigo 42 estabelece pena de prisão para aquele que “perturbar o trabalho ou o sossego alheios: com gritaria ou algazarra; exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições legais; abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos; provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem a guarda”.

A Lei de Crimes Ambientais (Lei nº9.605/98), por sua vez, pune severamente com pena de prisão o crime de poluição sonora.
Seu artigo 54 assim descreve a infração penal: “Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora”.

Já o Código Civil Brasileiro garante o direito ao sossego no seu art. 1.277 ao dispor que “o proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha”.

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Flávio Sampaio

Lei das Contravenções Penais (Decreto-Lei nº 3.688/1941) no seu artigo 42

 Lei de Crimes Ambientais (Lei nº9.605/98) no seu artigo 54

Código Civil Brasileiro garante o direito ao sossego no seu art. 1.277 

Fonte: https://cpadvogadas.com.br/o-direito-ao-sossego-e-lei-do-silencio/

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DLRV Advogados

O direito ao sossego é um direito da personalidade, decorrente do direito à vida e à saúde. Segundo Guimarães, é o “direito que tem cada indivíduo de gozar de tranquilidade, silêncio e repouso necessários, sem perturbações sonoras abusivas de qualquer natureza”.

Sua transgressão pode acarretar responsabilidade jurídica tanto na esfera cível quanto em matéria criminal, passando pelas áreas ambiental e administrativa. Abaixo, trataremos sobre alguns instrumentos.

Em se tratando de matéria criminal, a responsabilidade daquele que produz barulho excessivo pode ser enquadrada em situações distintas:

a) como contravenção penal, pelo artigo 42 (perturbação do trabalho ou do sossego alheios) ou pelo artigo 65 (perturbação da tranquilidade), ambos do Decreto-Lei 3.688/41;

b) como crime ambiental, disposto no artigo 54 da Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais);

c) é possível a caracterização de outros delitos, como, por exemplo, crime ambiental de “maus-tratos” (artigo 32, da Lei dos Crimes Ambientais), em relação aos ruídos emitidos por animais de estimação, quando derivados de abuso, mutilação, ferimento, maus-tratos dos animais;

d) o crime ambiental de poluição sonora, previsto no artigo 54 da LCA, dispõe que aquele que causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos a saúde humana, ou que provoquem a mortalidade de animais ou a destruição significativa da flora, terá pena de reclusão de um a quatro anos, e multa. 

Quanto a responsabilidade civil, o barulho excessivo fere o direito à personalidade, gerando danos morais e/ou materiais (art. 159 do Código Civil), ante aos danos à saúde e à vida, do ofendido.

Verificado o barulho excessivo produzido pelo ofensor, a parte lesada pode, por exemplo, ajuizar ação cível para cessar o ruído (cessado o barulho, a ação é meramente indenizatória).

 

 

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