O princípio consiste em detectar antígenos ou anticorpos, tendo como resultado final a HEMÓLISE (destruição das hemácias);
Utiliza ‐se as proteínas do Sistema Complemento para promover a hemólise, pois são proteínas que se ativam na presença de anticorpos (IgG ou IgM), culminando no final do processo na formação do "Complexo de Ataque à Membrana", que fura a membrana celular (no caso, as hemácias) e provoca sua lise;
Este tipo de ensaio imune recebe o nome de "Reação de Fixação do Complemento" ‐ RFC
Apesar dos testes de complemento fornecerem informação valiosa sobre o sistema imune do paciente, os resultados devem ser considerados à luz de testes de auto-anticorpo e imonuglobulina sérica para o diagnóstico definitivo de doença imunomediada ou resposta anormal à infecção.
O Sistema Complemento é composto por proteínas de membrana plasmática e solúveis no sangue que participam das defesas inatas (natural)e adquiridas (memória). Essas proteínas reagem entre si para opsonizar os patógenos e induzir uma série de respostas inflamatórias que auxiliam no combate à infecção. Inúmeras proteínas do complemento são proteases que se auto-ativam por clivagem proteolítica. Os complementos pode agir através de três vias: Via Clássica, via da Lectina e Via Alternativa.
A ligação antígeno-anticorpo promove a fixação do complemento, cujo consumo, invitro, pode ser empregado para detectar a presença de anticorpos, antígenos ou ambos. O teste utiliza um sistema homogêneo e é realizado em duas etapas. Na primeira etapa, o antígeno é incubado, na fase fluida, na presença de uma quantidade definida de complemento. Se o antígeno e o anticorpo correspondentes estiverem presentes, a cascata do complemento será ativada pela via clássica e haverá consumo de complemento. Na segunda etapa, adiciona-se o sistema indicador da reação que consiste em hemácias de carneiro sensibilizadas com hemolisina (anticorpo contra hemácias de carneiro, obtido em coelhos) numa dose subaglutinante de anticorpo.
A medida da atividade hemolítica do complemento no sistema indicador permite determinar a presença ou não de antígeno ou anticorpo na mistura inicial e sua quantidade. A atividade hemolítica remanescente pode ser quantificada empregando-se diluições seriadas da amostra a ser analisada. As variáveis passíveis de influenciar o grau de hemólise incluem a concentração de eritrócitos, sua fragilidade, a quantidade de anticorpo utilizada para sensibilização, a natureza do anticorpo (IgG ou IgM) e a presença de imunocomplexos pré-formados ou fatores anticomplemento no soro do paciente.
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