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fase postulatória e fase ordinatória

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Laís silva

5.01) CONCEITO DE FASE ORDINATÓRIA

A fase ordinatória é aquela compreendida entre as providências preliminares e o julgamento conforme o estado do processo. Nessa fase, o Juiz analisará o processo e o preparará para uma das três possibilidades: extinção imediata, julgamento antecipado de mérito ou saneamento com posterior remessa para fase instrutória. 

 

I - Providências preliminares O Juiz prepara o processo para julgamento, conforme o seu estado.

 

Revelia: caso o réu não conteste a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados pelo autor (art. 319 do CPC). Os prazos correrão independentemente de intimação com a decretação da revelia, podendo o revel intervir no processo, recebendo-o no estado em que se encontra.

 

Todavia, não se decretará a revelia quando:

 

  1. a) em caso de litisconsórcio, um dos réus contestar o feito;
  2. b) tratar-se de direito indisponível;
  3. c) petição inicial desacompanhada de instrumento público que a lei considereindispensável.

 

II - Declaração incidente, réplica e julgamento conforme o estado do processo Poderão as partes ingressar com a chamada ação declaratória incidental, conforme dispõe o art. 5.º do CPC, pleiteando que o Juiz prolate sentença incidente, declarando a existência ou não do direito depender o julgamento da lide. O prazo é de 10 dias para o autor e de 15 dias para o réu.

 

A réplica (arts. 326 e 327 do CPC) é a vista do processo dada pelo Juiz para o autor, a fim de que este se manifeste em 10 dias sobre a contestação em dois casos específicos: se houver defesa de mérito indireta e/ou tenha sido aduzida uma das preliminares do art. 301 do CPC.

 

O julgamento conforme o estado do processo encontra-se nos arts. 329 e 331 do CPC:

 

1) poderá o Juiz extinguir o processo de plano, verificando a existência de uma das hipóteses dos arts. 267 e 269, II a V, do CPC. Não se aplica o inc. I, porque o Juiz necessariamente precisará apreciar o pedido – cf. art. 329 do CPC; 

 

2) o Juiz poderá julgar antecipadamente a lide quando (art. 330 do CPC):

 

  1. a) se tratar de matéria de direito ou, sendo de direito e de fato não precisar produzirprova em audiência;

 

  1. b) quando ocorrer a revelia (art. 319 do CPC).Entende-se como matéria de direito a aplicação da lei ao caso concreto, nãonecessitando, assim, de audiência de instrução. Na revelia, os fatos tornam-se incontroversos, e eles independem de prova, segundo dispõe o art. 334, III, do CPC;

 

  1. c) finalmente, se o processo não incidir em nenhuma das hipóteses anteriores, o Juizde Direito designará audiência de tentativa de conciliação para realizar-se no prazo de30 (trinta) dias, da qual deverão comparecer as partes ou procuradores prepostos com poderes para transigir:

 

- se houver acordo, reduz-se o termo e se homologa por sentença;

- se não houver acordo, o Juiz de Direito fixará os pontos controvertidos, resolvendo as questões processuais pendentes e determinando a produção de provas para a próxima fase.

 

III - Audiência preliminar (art. 331 do CPC) É a antiga audiência de conciliação prevista no art. 331 do CPC, visto que houve duas alterações de suma importância nesse artigo, uma de caráter formal e outra no conteúdo. A de caráter formal indica que as partes serão intimadas a comparecer em audiência e autoriza também a representação por procuradores, com vista a facilitar a participação dos litigantes na audiência preliminar; contudo, a ausência de uma delas não gera prejuízo, apenas dá-se conhecimento de que não haverá conciliação.

 

A segunda foi o acréscimo do § 3.º ao art. 331, o qual confere ao Juiz a possibilidade de afastar a audiência preliminar nos seguintes casos:

 

  1. a) direitos indisponíveis: aqueles direitos que não admitem transação;
  2. b) quando, pelas circunstâncias da ação, o Juiz sentir a forte impressão de que aspartes não pretendem negociar um acordo e não se conciliarão de maneira alguma.

 

Alguns profissionais do Direito entendem que houve um equívoco da lei nesse sentido, visto que não se pode esquecer de que o objetivo dessa audiência não é tão-somente a conciliação, mas também para fixar os pontos controvertidos e deferir provas. A conciliação é apenas um dos pontos. Além disso, não há como o Juiz saber de fato se  as partes desejam ou não a conciliação, exceto se ofertar a manifestação das partes neste sentido.

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