As palavras ‘ética’ e ‘moral’ são semelhantes em sua etimologia, mas, por convenção, adotamos a Ética como estudo teórico e específico de ações orientadas por valores morais e das consequências dessas ações - mesmo quando envolvem seres não humanos, como os animais e o meio ambiente; e a Moral para nos referirmos às práticas dos diversos agrupamentos humanos - incluindo os códigos normativos.
Considera-se que Aristóteles foi o primeiro a propor um estudo sistemático da moralidade. Em seu pensamento, não haveria propósito em implementar qualquer investigação ética sem efeitos no modo como alguém vive. Todas as propostas teóricas ainda mantêm esse ideal. Embora pareçam distantes da complexidade das situações concretas, todas as perspectivas teóricas sobre o agir moral pretendem esclarecer as dificuldades que experimentamos na prática e, por conseguinte, propor soluções para os conflitos, desacordos e dilemas morais.
É importante frisar que a reflexão filosófica sobre o agir moral tem por base as práticas morais em toda a sua complexidade, mas não se esgota em constatações de cunho social ou psicológico sobre como ou porque as pessoas decidem o que fazer. É tão importante compreender as regras e mecanismos que permeiam nossas sociedades quanto propor críticas e essas práticas: estariam elas nos conduzindo a qual fim? Valorizam o que há de humano em nós? Não podemos negar que a Ética aponta para o que pode ser realizável e não apenas para o habitual. Mesmo que o cotidiano em sua complexidade nem sempre permita um agir livre, consciente e autônomo, esses são os fundamentos a partir dos quais construímos nossas perspectivas éticas.
Podemos destacar três âmbitos de investigação do comportamento moral:
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