a) O Direito Positivo tem eficácia apenas para as comunidades políticas em que é posto e o Direito Natural é universal, tem validade geral.
b) O Direito Positivo, ao contrário do Direito Natural, é mutável.
c) O Direito Positivo é posto pelo Estado e não por uma força divina ou conseqüência lógica do pensamento racional.
d) O Direito Positivo estabelece aquilo que é “bom” ou “mau” e não o que é útil, como faz o Direito Natural.
e) Nenhuma das anteriores.
D) O Direito Positivo estabelece aquilo que é “bom” ou “mau” e não o que é útil, como faz o Direito Natural.
A assertiva está incorreta, visto que o que ocorre é o contrário.
Segundo Norberto Bobbio, o direito natural estabelece aquilo que é bom, e o direito positivo aquilo que é útil.
Segundo Massaro, o jusnaturalismo, ou o direito natural, é a corrente de pensamento jurídico-filosófica que pressupõe a existência de uma norma de conduta intersubjetiva universalmente válida e imutável, fundada sobre a peculiar ideia da natureza preexistente em qualquer forma de direito positivo que possa formar o melhor ordenamento possível para regular a sociedade humana, principalmente no que se refere aos conflitos entre os Estados, governos e suas populações.
Segundo o filósofo Nicola Abbagnano, "o direito positivo nunca se adéqua completamente a lei natural, porque o direito positivo contém elementos variáveis e mutáveis em todo o lugar e em todo o tempo, portanto, segundo esta corrente de pensamento, as normas de direito positivo seriam realizações imperfeitas que apenas se aproximariam das normas do direito natural".
Segundo Norberto Bobbio, dois são os critérios pelos quais aristóteles distingue direito natural de direito positivo:
O direito positivo também é conhecido como o pensamento que dispõe a superioridade da norma escrita sobre a não escrita (direito natural).
A norma positiva é a norma posta pelo homem, portanto, possuindo eficácia limitada, e sendo válida somente nos locais nos quais a observa, bem como, é constantemente alterada.
Os positivistas defendem que o direito positivo é o único capaz de dizer o direito, conforme menciona Tércio Sampaio Ferraz Júnior em seu livro Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão, denominação: “A tese de que só existe um direito, o positivo nos termos expostos, é o fundamento do chamado positivismo jurídico”.
A) Alternativa incorreta, de fato é essa uma das principais diferenças entre o direito positivo e o direito natural. Afinal o direito natural não emerge de nenhum órgão (no sentido técnico jurídico de entidade de direito público interno), mas deriva ou da razão ou da divindade e daí retirando sua validade material.
B) Alternativa Incorreta, o direito positivo é sujeito a alterações por algum ente derivado do requisito de soberania/autoridade de um Estado como o seu poder legislativo, executivo etc. O mesmo não é verdadeiro para o Direito Natural afinal a fonte (geradora, produtora) dos princípios e regras não é um órgão de estado, mas (a depender da teoria e momento histórico) a razão do indivíduo, uma divindade ou mesmo a biologia dos seres humanos (como direito/dever dos pais de criar e educar os filhos).
C) Alternativa Incorreta, assertiva refere-se as fontes de cada conjunto de normas: o Direito positivo por um Estado; o Direito Natural pela razão do indivíduo ou divindade.
D) Alternativa Correta, o Direito Positivo sequer se preocupa com a moralidade de uma norma ou não, não se produzem normas positivas (segundo uma ótica positivista) pensando-se na moralidade da lei ou não. É função do Direito Positivo prescrever se a conduta é passível de uma sanção ou não, ou se determinada pessoa (jurídica ou física) tem a possibilidade de exigir o cumprimento daquela conduta através da provocação do judiciário, ou a competência de certas pessoas para praticarem determinadas condutas (entre outras hipóteses). Diferentemente, no direito natural moderno há sim uma preocupação com a moralidade das condutas humanas, e das normas que vem prescreve-las, o que alguns autores (de ótica não positivista) chamam de validade material (justiça ou injustiça) da norma. Alternativa errada, e portanto a certa.
e) Alternativa incorreta, porque a alternativa "D" é a certa.
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