Qual é o modelo de direito penal mais compatível com um estado democrático, fundamentado no princípio da dignidade humana ?

O primeiro passo para responder sua pergunta é conceituar o príncipio da dignidade da pessoa humana:

Colaciono a conceituação jurídica para a dignidade da pessoa humana segundo Ingo Wolfgang Sarlet:

Temos por dignidade da pessoa humana a qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido, um complexo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e promover sua participação ativa co-responsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão dos demais seres humanos.

Partindo do conceito, percebemos que o Minimalismo penal aparece como sendo uma das poucas, senão a única, possibilidade, dentro do panorama Jurídico penal, capaz de reerguer esse sistema e fazer dele um Instrumento de Utilidade Estatal, pautado na contemporânea tendência de se efetivar as Garantias constitucionais do Cidadão e estabelecer um verdadeiro Estado Democrático de Direito. 

A política de que estamos falando é aquela que orienta o que Ferrajoli (2006) chama de direito penal mínimo, que significa um direito repressivo condicionado e limitado que tutela ao máximo as liberdades dos cidadãos diante do poder punitivo do Estado, mas que corresponde, de igual forma, a um ideal de racionalidade e de certeza das decisões na alçada penal.

entendo que seja o direito penal mínimo e do fato. O direito penal deve ser a ultima ratio, conforme o colega expos anteirormente. Além disso, o direito penal precisa ser do fato, não do autor, ou seja, o direito penal deve punir as condutas, não meros estados ou estilos de vida. Entendo que o direito penal do fato que considera o autor também é compatível com Estado Democrático de Direito -> segundo esse modelo, que é o nosso, pune-se o fato, mas na dosimetria da pena leva-se em consideração a personalidade do agente, o comportamento antes e depois do crime, a culpabilidade, a conduta social do agente..