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Segundo Chomsky, podemos caracterizar a linguagem como:

💡 4 Respostas

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Isabela Andrade

A teoria da linguagem de Chomsky, tal como inicialmente postulada em Syntactic Structures (CHOMSKY, 1959), foi chamada de Teoria Transformacional e sofreu grandes alterações nos anos subsequentes. As pesquisas experimentais com diversas línguas foram fundamentais para determinar a introdução de novos conceitos e dos fundamentos da ciência da linguagem. O capítulo introdutório de Aspects of Theory of Syntax, de Chomsky (1965), conforme um dos seus primeiros alunos observou, “estabeleceu a agenda para tudo o que viria a ocorrer na linguística gerativa desde então” (JAKENDOFF, 2008, p. 26). A partir dessa obra, Chomsky estabelece os três pilares teóricos da nova ciência da linguagem: o mentalismo, a combinatorialidade e a aquisição (JAKENDOFF, 2008).

  1. Mentalismo: A teoria gerativa da linguagem tem um compromisso explícito com a existência de estruturas mentais formais e abstratas subjacentes ao conhecimento linguístico.
  2. Combinatorialidade: As sentenças de uma língua não são enunciadas aleatoriamente, tampouco seguem princípios de sistema de cadeias de palavras, conhecidos como modelos de estados finitos ou modelos de Markov1. Conforme Pinker (2004, p. 27) sintetiza precisamente: “a gramática é um sistema combinatório discreto. Um número finito de elementos discretos (neste caso, palavras) é selecionado, combinado e permutado para criar estruturas maiores (neste caso, sentenças) com propriedades bastante distintas de seus elementos.”
  3. Aquisição: Jakendoff nos apresenta o problema da aquisição afirmando que as regras funcionais de uma língua são abstrações formais e não conscientes. Não for assim, como explicar o fato de que as crianças conseguem adquiri-las em tão pouco tempo, tendo em vista que os pais e colegas não dispõem de meios para verbalizá-las? E, mesmo que conseguissem, não seriam compreendidas, visto que a língua ainda não foi adquirida. A teoria postula a existência de uma Gramática Universal (doravante GU), a qual possibilita a aquisição da língua nativa.

O problema aludido no item 3 é conhecido na literatura especializada como o problema lógico da pobreza de estímulo (WHITE, 2003), ou seja, diante de um input tão repleto de frases não concluídas, enunciados truncados e, amiúde, mal articulados, como é possível conceber a aquisição da fala convergente com o meio linguístico até os quatro anos de idade (HERSCHENSOHN, 2009), sem que haja um mecanismo inato de aquisição de linguagem? Sobre este problema, ou seja, a pobreza de estímulos, Augusto (2005, p. 255) observa:

O problema lógico da linguagem, ou pobreza de estímulo, consistiu em um norteador das preocupações assumidas pelos gerativistas. O fato de crianças dominarem uma língua natural com surpreendente rapidez, apesar da ausência de evidência negativa, da frequência com que sentenças incompletas ou interrompidas são usadas pelos adultos, somado ao fato de que o input a que a criança é efetivamente exposta é finito [...] Isto é, a informação que se faz necessária e não está disponibilizada no input linguístico recebido pelas crianças é atribuída a princípios linguísticos inatos.

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Andre Smaira

De acordo com o autor a linguagem pode ser considerada para analisarmos a distinção entre o homem e a máquina – para compreendermos isso, o uso da linguagem torna-se fundamental para a expressão de sentimentos e pensamentos. Por meio da linguagem, podemos transmitir a cultura dos indivíduos, a história e a diversidade dos povos. A fala que permite aos homens singularidade diante das máquinas está relacionada com a composição genética do indivíduo, de forma a garantir a sua completa expressão.

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Andre Smaira

Psicologia da Educação - Desenvolvimento e Aprendizagem


De acordo com o autor a linguagem pode ser considerada para analisarmos a distinção entre o homem e a máquina – para compreendermos isso, o uso da linguagem torna-se fundamental para a expressão de sentimentos e pensamentos. Por meio da linguagem, podemos transmitir a cultura dos indivíduos, a história e a diversidade dos povos. A fala que permite aos homens singularidade diante das máquinas está relacionada com a composição genética do indivíduo, de forma a garantir a sua completa expressão.

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