O AI-5 concedia poder ao Presidente da República para dar recesso à Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas (estaduais) e Câmara de Vereadores (municipais). Quando em recesso, o Poder Executivo Federal assumiria as funções destes, em uma verdadeira afronta à tripartição dos poderes.
Não era mais necessário que o Presidente da República respeitasse limites constitucionais, permitindo sua intervenção nos estados e municípios sempre que julgasse necessário. A Constituição, como uma forma de limitação de poder, tornou-se inócua.
Cabia também ao Presidente da República suspender os direitos políticos de qualquer cidadão por 10 anos e a cassação dos mandatos de deputados federais, estaduais e vereadores.
O ato suspendia ainda o direito de habeas corpus em casos de crimes políticos, contra a ordem econômica, segurança nacional e economia popular.
A ato permitiu a censura de jornais, revistas, livros, peças de teatro, músicas e proibiu manifestações populares de caráter político.
O AI-5, o mais severo de todos os Atos Institucionais, foi emitido pelo presidente Artur da Costa e Silva em 13 de Dezembro de 1968. Isso resultou na perda de mandatos de parlamentares contrários aos militares, intervenções ordenadas pelo presidente nos municípios e estados e também na suspensão de quaisquer garantias constitucionais que eventualmente resultaram na institucionalização da tortura, comumente usada como instrumento pelo Estado.
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Direito Constitucional I
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