A decadência, ou preclusão, segundo a terminologia Pontes de Miranda, é o fenômeno jurídico que extingue um direito em razão do decurso do prazo, e seu reconhecimento pode se dar de ofício pelo juiz, exceto se for convencional, que só poderá ser alegada pela parte a quem aproveita, e em qualquer grau de jurisdição (art. 211, CC).
Em suma, a decadência atinge o próprio direito, não só a sua pretensão, como é o caso da prescrição.
Salvo previsão legal (em face dos absolutamente incapazes), a decadência não se suspende nem se interrompe:
CC/02, Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.
Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I.
Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei.
Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.
Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.
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