Mutação constitucional é o fenômeno que modifica determinada norma da Constituição Federal sem que haja qualquer alteração no seu texto.[1] É considerada alteração informal porque não são cumpridos os requisitos formais necessários à modificação do seu conteúdo textual.[2] Portanto, não decorre do exercício do poder constituinte reformador.[3]
E o processo informal de mudança das constituições que atribui novos sentidos aos seus significados anteriores e conteúdos antes não contemplados”.[4] No mesmo sentido, ainda se fala no caráter latente, permanente, informal e contínuo da mutação constitucional, comparando-se ao poder constituinte difuso. Este instituto surge de maneira informal quando necessário para assegurar a continuidade da obra do constituinte
alteraçao informal do conrole difuso da constituição sem alterar o texto constitucional, ou seja, altera a interpretação de um dispositivo constitucional e depende do momento historico (evolucao social)
Para Pedro Lenza, refere-se à mutação constitucional da seguinte forma:
"não seriam alterações físicas, palpáveis, materialmente perceptíveis, mas sim alterações no significado e sentido interpretativo de um texto constitucional. A transformação não está no texto em si, mas na interpretação daquela regra enunciada. o texto permanece inalterado." (Direito Constitucional Esquematizado, 17ª ed.)
Luis Roberto Barroso, por sua vez, leciona:
"mutação constitucional consiste em uma alteração de significado de determinada norma da Constituição, sem observância do mecanismo constitucionalmente previsto para as emendas e, além disso, sem que tenha havido qualquer modificação de seu texto. Esse novo sentido ou alcance do mandamento constitucional pode decorrer de uma mudança na realidade fática ou de uma nova percepção do Direito, uma releitura do que deve ser considerado ético ou justo." (Curso de Direito Constitucional, 2ª ed.)
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