Direito de Família é o ramo do direito civil que disciplina as normas jurídicas relacionadas à estrutura, organização e proteção da família, bem como os direitos e obrigações que decorrem dessas relações, estabelecendo as normas de convivência familiar, matéria está regulada no Código Civil nos artigos 1.511 a 1.783 (Livro IV - Do direito da família) e de 1.784 a 2.046 (Livro V - Do direito das sucessões).
Inicialmente, esse ramo do direito se baseava necessariamente no contrato de matrimônio, firmado em razão da convivência conjugal entre o homem e a mulher.
Contemporaneamente, no entanto, com a evolução das relações afetivas, houve verdadeira revolução doutrinária e jurisprudencial nessa seara, numa interpretação aprofundada e amplificada do texto constitucional de 1988, que passou a reconhecer as entidades familiares não casamentárias com a mesma proteção jurídica outrora conferida ao casamento.
CFRB/1988:
art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
Assim, não somente a família originada do casamento passou a receber proteção estatal, mas também toda e qualquer outra entidade lastreada na manifestação afetiva, como a união estável e a família monoparental, esta formada pela comunidade qualquer dos pais e seus descendentes.
Entende-se hoje que as famílias (no pluram) devem ser notadas de forma ampla, independentemente do modelo adotado, gozando de proteção do Estado, sejam elas solenemente constituídas (casamento) ou sem a constrição solene (união estável de fato).
Portanto, diante desse natural pluralismo das entidades familiares, a doutrina passou entender, em larga escala, a necessidade de se ampliar o nicho de gurpos abarcados e protegidos pelas regras de proteção estatal, inaugurando o termo "Direito das Famílias", como forma de reconhecimento às mais variadas possibilidades de arranjos familiares.
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