Quando tratamos da argumentação jurídica temos muitas técnicas e estratégias que podem ser utilizadas de acordo com o contexto que estamos e também de acordo com a finalidade que desejamos. A argumentação, de modo geral, busca o convencimento de outrem e, deste modo, pouco tem a ver com a veracidade de cada de uma das proposições que o constitui, mas se ele é bem explicado, plausível e possui uma conclusão que parece ser razoável.
O argumento de oposição é procura contrapor um argumento oposto ao que já havia sido apresentado. Esta argumentação tem objetivo de percorrer um caminho que não se quer provar para mostrar que este é inconsistente e falho e, assim, apresentar que seu oposto é a melhor saída.
Este tipo de argumentação é muito utilizado em ocasiões que é necessário estar atento ao que o interlocutor pode responder à argumentação. Ou seja, permite a antecipação de uma possível refutação e, depois de apresentá-la, pode-se também negá-la, dando mais plausibilidade à tese que se quer estabelecer e também enfraquecendo a tese de seu opositor.
Deste modo, a argumentação de oposição, que procura apresentar uma tese contrária àquela que se está defendendo para depois mostrar que ela está errada, é baseada geralmente na seguinte estrutura:
Com um conector adversativo (entretanto, mas, contudo, etc.) estabelece um argumento contrário ao que se quer defender;
Percorre - se este caminho, mostrando que sua conclusão será falha e inconsistente;
Nega-se este ponto de vista, apresentando a tese defendida com um conector concessivo (ainda que, embora, se bem que, etc.), explicitando que a oposição apresentada não acarretaria em um problema para esta tese, visto sua inconsistência; e
Evidencia a plausibilidade do ponto de vista defendido mesmo frente a uma oposição.
O conflito, a contradição, a controvérsia e, portanto, a oposição é a essência da existência do judiciário.Há dois tipos de oposição: a restrição e a concessão.
O ARGUMENTO DE OPOSIÇÃO serve ao profissional do Direito como uma estratégiadiscursiva eficiente para a redação de uma boa fundamentação. Compõe-se da introdução de uma perspectiva oposta ao ponto de vista defendido pelo argumentador, admitindo-o como uma possibilidade de conclusão, para depois apresentar, como argumento decisivo, a perspectiva contrária.
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