para sayes pertence à nação pois o termo nação é mais abrangente do que o termo povo.
Basicamente, povo é o conjuto de pessoas que se sujeitam as mesmas leis, enquanto que nação é o conjuno de pessoas que partilham da mesma lingua, cvostumes, cultura, etc.
Claudio Pereira de Souza Neto e Daniel Sarmento, esclarecem a questão:
“A teoria da soberania nacional é, em sua origem, proposta como alternativa menos radical à teoria da soberania popular. Sua formulação tradicional se deve a Sieyès, para quem a Nação é ‘um corpo de associados que vivem sob uma lei comum e representados pela mesma legislatura’. À nação pertence o poder soberano, que se expressa no momento de elaboração da Constituição: ‘só a nação tem direito de fazê-la’. No art. 3º da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, a ideia é recepcionada: ‘o princípio de toda soberania reside essencialmente na nação.’ Por isso, ‘nenhuma corporação, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente’. É desse último aspecto do conceito de nação que se extraem as consequências práticas mais importantes para a aferição da titularidade do poder constituinte: a nação é uma unidade ‘orgânica permanente’, não se confundindo com o conjunto de indivíduos que a compõem em determinado momento da vida nacional. A ênfase na unidade e na permanência, como elementos da nação, seria recepcionada pela Assembleia Constituinte francesa de 1791, permitindo que esta despojasse o poder constituinte das exigências de participação do povo, inerentes à soberania popular. Não por acaso, essa versão da teoria também foi adotada no Brasil, na Constituição Imperial de1824, segundo a qual ‘os Representantes da Nação Brasileira’ eram ‘o Imperador e a Assembleia Geral’ (art. 11) e ‘todos estes Poderes no Império do Brasil eram ‘delegações da Nação’ (art. 12).
Por conta dessa distinção entre a nação, em sua unidade ‘orgânica’, e a mera associação de indivíduos, participar da ‘representação’ da vontade nacional, ao invés de ser um ‘direito do cidadão’, se convertia num atributo conferido a quem a nação desejasse. Ao contrário de veículo de expressão da soberania popular, a representação figuraria como imputação de um poder-dever pela nação. Ainda que se conteste essa interpretação do conceito de nação, é certo que a ênfase na representação, proposta por Sieyès, adotava o pressuposto de que o povo não tinha como participar permanentemente da tomada de decisões públicas, ao contrário do que pensava Rousseau.” (Direito Constitucional – Teoria, história e métodos de trabalho. 2ª Ed. pg 249-250)
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