- Em 1º de janeiro, o valor total de mercado da Tysseland Company era de $ 60 milhões. No decorrer do ano, a empresa planeja levantar e investir $ 30 milhões em novos projetos. A estrutura de capital da empresa, mostrada a seguir, é considerada ótima. Assuma que não há dívida de curto prazo.
Estrutura de capital a valor de mercado
Novos títulos de dívida terão uma taxa juros de cupom de 8% e serão vendidos ao valor de face. A ação ordinária está sendo vendida ao valor corrente de $ 30 cada. A taxa de retorno requerida pelos acionistas é estimada em 12%, consistindo em um rendimento de dividendo de 4% e de uma taxa de crescimento constante esperado de 8% (o próximo dividendo esperado é $ 1,20, então $ 1,20 / $ 30 = 4%). A alíquota do imposto marginal da empresa é de 40%.
a) Para manter a atual estrutura de capital, quanto em novos investimentos deve ser financiado pelo patrimônio líquido dos acionistas ordinários?
b) Suponha que haja fluxo de caixa suficiente, de forma que a Tysseland possa manter sua estrutura de capital-alvo sem emitir ações adicionais. Qual é o CMPC?
c) Suponha agora que não haja fluxo de caixa interno suficiente e que a empresa deve emitir novas ações. Falando qualitativamente, o que acontecerá com o CMPC?
a) Vemos que a atual estrutura de capital da empresa tem 50% de dívida e 50% de capital próprio (PL dos acionistas). Pretende-se investir mais $ 30 milhões, o que significa que o Capital Total passará de $ 60.000.000,00 para $ 90.000.000,00. Portanto, para que a estrutura de capital inicial seja mantida, metade desse novo investimento deve ser financiado com dívida e metade com capital próprio, o que resultaria na situação representada pela tabela abaixo:
Estrutura de capital com o novo investimento
Respondendo à questão: dos $ 30 milhões referentes ao novo investimento, $ 15 milhões devem ser financiados com capital próprio para que a atual estrutura de capital seja mantida.
b) Para calcularmos o CMPC precisamos primeiramente calcular o custo de cada componente da estrutura de capital (dívida e capital próprio).
O custo da dívida (Kd) representa a taxa de juros do cupom, portanto, Kd = 0,08 ou 8% ao ano.
Há diversas maneiras de se calcular o custo do capital próprio referente aos acionistas ordinários (Ks). Como o problema fornece preço atual da ação (P0), expectativa do valor do próximo dividendo (D1) e taxa de crescimento (g), o modelo a ser utilizado é o modelo de Gordon com crescimento, cuja fórmula é Ks = D1/P0 + g .
Portanto, Ks = 1,2/30 + 0,08 = 0,04 + 0,08 = 0,12 ou 12% ao ano.
Agora que temos o custo de cada componente, podemos calcular o CMPC, cuja fórmula para situações em que não há ações preferenciais é:
Nessa fórmula Wd e Ws são os pesos de cada componente na estrutura de capital, 50% para cada um na presente situação. O termo (1 - IR) representa o benefício fiscal da dívida.
Portanto, CMPC = 0,08 x 0,5 x (1 - 0,4) + 0,12 x 0,5 = 0,084 ou 8,4% ao ano
c) Com a emissão de novo lote de ações o CMPC irá aumentar, porque há custos de emissão, que fazem com que parte do valor investido pelos novos acionistas não entre no caixa da empresa. Além disso, o mercado acionário tende a ver com desconfiança novas emissões, com isso a percepção do risco da empresa pode ser alterada e a exigência de rentabilidade aumentar.
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