É possível a revisão ou a resolução por excessiva onerosidade dos contratos de empreitada?Explique, levando em consideração as posições de ambos os contratantes envolvidos.
Especificamente, quanto ao contrato de empreitada, é podemos dizer que o direito brasileiro tutela esse tipo de situação, sob o regime de onerosidade excessiva, prevendo, entretanto, a suspensão da obra em caso de negativa de revisão do preço. Nessa vereda, é possível, a partir de uma interpretação analítica do art. 478 do Código Civil, afirmar que o referido dispositvo legal abarca situações de fato superveniente conhecido, ou seja, aquele que gera onerosidade excessiva, desde que, obviamente, seja extraordinário e imprevisível.
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
Impende salientar que o artigo 252 do Código Civil, trata de aspecto interessante acerca das hipóteses de erro quanto à base do negócio, sujeitando-o ao regime da alteração das circunstâncias, possibilitando tanto a anulação quanto a modificação do contrato, se ocorrido.
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.
§ 2o Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período.
§ 3o No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação.
§ 4o Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes.
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