O servidor Público Municipal efetivo, que desmpenhou por um período o cargo comissionado de Secretário Municipal de Saúde tem direito a receber as verbas rescisórias trabalhistas (FGTS, 13º proporcional, férias, etc) por esse período?
O art. 29, V, da Constituição Federal determina que os Secretários Municipais sejam remunerados por subsídios.
Sobre esse instituto, Rafael Carvalho Rezende Oliveira assim ensina:
“Subsídios: parcela única, fixada em lei, sendo vedada a percepção de vantagens pecuniárias.
A instituição do regime de subsídio por meio de pagamento da parcela única, sem adicionais (vantagens), tem por objetivo garantir maior transparência e controle dos gastos públicos com pessoal. Não obstante a louvável pretensão constitucional, certo é que o pagamento de subsídio não será realizado, necessariamente, em “parcela única”, tendo em vista duas razões:
a) o art. 39, § 3.º, CRFB determina a aplicação de diversos direitos trabalhistas (ex.: décimo terceiro salário, adicional noturno, salário-família) aos servidores ocupantes de cargo público, sem qualquer distinção em relação ao respectivo sistema de remuneração, razão pela qual deve ser reconhecida a aplicação dessa norma aos servidores que recebam subsídios;
b) independentemente de previsão expressa na Constituição, deve ser reconhecido o direito ao pagamento de verbas indenizatórias, ao lado da parcela única, aos servidores que recebem subsídios, pois, caso contrário, o servidor sofreria danos irreparáveis pelo simples exercício da função.” (Curso de Direito Administrativo. e-book. 6ª ed. pg.774)
Diante do exposto, percebe-se que o agente público terá direito a uma série de benefícios trabalhistas. Dentre esses benefícios, no entanto, não se inclui o FGTS porque ausência de previsão legal (o art. 39, §3º da Constituição Federal não prevê esse direito).
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Direito Administrativo I
•UNINASSAU RECIFE
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