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O poder discricionário é vinculado?

💡 2 Respostas

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Marcélle de Lima

Ambos são poderes atinentes à Adm. Pública em seus três âmbitos, municipal, estadual e federal.

No P. Discricionário onde os agentes públicos tem maior liberdade devido a como a lei exige que os mesmos atuem, no caso a lei prever o comportamento mas não a maneira pormenorizada como ele deve ser realizado, assim os agentes públicos agem de acordo com os parametros de conveniência e oportunidade, contudo, tem que observar a legalidade, o interesse público e os demais principios da administração (artigo 37 da CF/88) (Ex.: a administração pode autorizar o funcionamento de empreendimentos mercantis, mas não prever que tipos de empreeendimentos e sob quais circunstancias podem ser autorizadas, assim a administração vai escolher esse parametros sob o pario da conv. e oportunidade.)

Já no P. Vinculado a lei não só prever o direito mas também como a administração na pessoa de seus agentes públicos devem atuar, há menor liberdade conferida pela lei, que pormenorizadamente descreve como a administraçaõ deve agir. (Ex.: para a contratação de pessoal é necessária a realização de concurso público...)

espero ter ajudado, abç!

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Especialistas PD

Primeiramente, é preciso ressaltar que poder discricionário e poder vinculado são institutos que não se confundem.

Sobre o Poder Discricionário, Maria Sylvia di Pietro ensina: “a atuação é discricionária quando a administração, diante do caso concreto, tem a possibilidade de apreciá-lo segundo critérios de oportunidade e conveniência e escolher uma dentre duas ou mais soluções, todas válidas para o direito.” (Direito Administrativo. 21ª ed.)

Por sua vez, Poder Vinculado, segundo Hely Lopes Meirelles, “é aquele que estabelece único comportamento possível a ser tomado pelo administrador diante de casos concretos, sem nenhuma liberdade para juízo de conveniência e oportunidade” (Direito Administrativo Brasileiro. 29ª ed.)

No entanto, pode-se dizer que o poder discricionário é vinculado no sentido de  que a finalidade pública e os motivos apresentados pelo administrador público vinculam os atos administrativos.

Nessa linha, Maria Sylvia Zanella Di Pietro leciona:

“Algumas teorias têm sido elaboradas para fixar limites ao exercício do poder discricionário, de modo a ampliar a possibilidade de sua apreciação pelo Poder Judiciário.

Uma das teorias é a relativa ao desvio de poder, formulada com esse objetivo; o desvio de poder ocorre quando a autoridade usa do poder discricionário para atingir fim diferente daquele que a lei fixou. Quando isso ocorre, fica o Poder Judiciário autorizado a decretar a nulidade do ato, já que a Administração fez uso indevido da discricionariedade, ao desviar-se dos fins de interesse público definidos na lei.

Outra é a teoria dos motivos determinantes, já mencionada: quando a Administração indica os motivos que a levaram a praticar o ato, este somente será válido se os motivos forem verdadeiros.

Para apreciar esse aspecto, o Judiciário terá que examinar os motivos, ou seja, os pressupostos de fato e as provas de sua ocorrência. Por exemplo, quando a lei pune um funcionário pela prática de uma infração, o Judiciário pode examinar as provas constantes do processo administrativo, para verificar se o motivo (a infração) realmente existiu. Se não existiu ou não for verdadeiro, anulará o ato.” (Direito Administrativo. e-book. 31ª ed. pg. 300)

 

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